Herzi Halevi afirmou que as forças israelitas mataram cerca de 3.000 milicianos durante o cerco ao norte de Gaza, e que estavam "orgulhosas" por terem recuado para permitir a libertação de dezenas de reféns.
"Também estaremos orgulhosos e determinados a regressar aos combates no futuro", afirmou Halevi, em declarações partilhadas hoje pelo exército israelita.
Na primeira fase do acordo entre Israel e o Hamas, que entrou hoje em vigor, as partes concordaram com um cessar-fogo de seis semanas, durante as quais haverá uma troca gradual de 33 reféns israelitas por mais de 1.900 prisioneiros palestinianos.
Durante essas seis semanas, terão também lugar negociações para uma segunda fase da trégua, que permitirá a libertação de todos os reféns israelitas em Gaza e lançará as bases para o fim da guerra.
No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, disse em conferência de imprensa que o país ainda não conseguiu desmantelar as capacidades militares e governamentais do Hamas, apesar de este ser um dos objectivos da sua ofensiva.
"A guerra em si não é um objetivo, mas se não tivermos outra opção senão recorrer novamente à ação militar para atingir esses objetivos, fá-lo-emos", disse, concluindo: "Este é um cessar-fogo temporário".
Entretanto, o ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, cujo partido de extrema-direita é fundamental para a estabilidade do governo liderado por Benjamin Netanyahu, reiterou hoje a sua ameaça de derrubar a coligação se Israel não se comprometer com um governo militar em Gaza.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor hoje às 11:15 locais, anunciou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Israel fez o anúncio depois de receber do Hamas os nomes dos três reféns que serão libertados hoje como parte do acordo, e depois de informar as suas famílias.
O cessar-fogo na Faixa de Gaza começou com quase três horas de atraso relativamente à hora inicialmente prevista (08h30 locais).
A Faixa de Gaza deverá conhecer uma trégua, pela primeira vez desde novembro de 2023, após o acordo alcançado por Israel e pelo Hamas para parar temporariamente as hostilidades e facilitar a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.
O cessar-fogo deverá pôr termo aos combates após 15 meses de guerra e permitir a libertação de dezenas de reféns detidos pelos militantes na Faixa de Gaza e de centenas de palestinianos presos por Israel.
Discutido pelos mediadores dos Estados Unidos, do Qatar e do Egito em meses de conversações indiretas entre as partes beligerantes, o cessar-fogo é a segunda trégua alcançada no devastador conflito.
O ataque de 07 de outubro de 2023 ao sul de Israel, liderado pelo Hamas, matou cerca de 1.200 pessoas e deixou outras 250 em cativeiro. Cerca de 100 reféns permanecem em Gaza.
Israel respondeu com uma ofensiva que matou mais de 46.000 palestinianos, segundo as autoridades sanitárias locais, que não distinguem entre civis e militantes, mas afirmam que as mulheres e as crianças representam mais de metade dos mortos.
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