Axel Rudakubana, de 18 anos, declarou-se culpado no início do julgamento no Tribunal Penal de Liverpool de três acusações de homicídio, 10 acusações de tentativa de homicídio e acusações adicionais relacionadas com a posse de ricina e de ter um manual da Al-Qaeda.
Entre as três crianças de 6, 7 e 9 anos mortas durante o ataque em 29 de julho, em Southport (noroeste de Inglaterra), estava a portuguesa Alice da Silva Aguiar.
O incidente, durante uma aula de dança sobre a cantora Taylor Swift, deu origem a uma semana de tumultos em algumas zonas de Inglaterra e da Irlanda do Norte, depois de o suspeito ter sido falsamente identificado como um requerente de asilo que tinha chegado recentemente ao Reino Unido.
Rudakubana nasceu em Cardiff, no País de Gales, em 2006 numa família oriunda do Ruanda, e vivia na área de Southport, norte de Inglaterra, desde 2013.
O julgamento estava previsto durar quatro semanas, mas o facto de se ter declarado culpado abreviou o processo e o juiz Julian Goose anunciou que pronunciaria a sentença na quinta-feira e que a Rudakubana que este poderá ser condenado a prisão perpétua.
O arguido recusou-se previamente a falar em tribunal e voltou a fazê-lo quando lhe foi pedido que se identificasse no início do processo.
Hoje, quando lhe foi lida a acusação de 16 crimes, disse sempre "culpado". O advogado de defesa Stanley Reiz disse que iria apresentar ao juiz informações sobre a saúde mental de Rudakubana que poderão ser relevantes para a sua sentença.
Nenhum dos sobreviventes ou familiares das vítimas estava presente no tribunal durante a confissão de culpa, observou o juiz, porque as declarações iniciais só estavam previstas para terça-feira.
[Notícia atualizada às 13h43]
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