De acordo com um memorando divulgado por Emil Bove, o procurador-geral adjunto interino, o Departamento de Justiça regressará ao princípio de acusar os arguidos pelo crime mais grave que conseguir provar, uma posição básica das administrações lideradas pelos republicanos, com o objetivo de remover a discricionariedade do procurador de acusar uma infração de menor gravidade.
Grande parte do memorando centra-se na aplicação da lei da imigração.
Nesta matéria, Bove escreveu que os procuradores devem "tomar todas as medidas necessárias para proteger o público e proteger a fronteira americana, removendo os estrangeiros ilegais do país e processando os estrangeiros ilegais por crimes" cometidos na jurisdição dos EUA.
O memorando sugere ainda que as autoridades estaduais e locais que perturbam a fiscalização federal da imigração também podem ser investigadas e orienta os procuradores a investigar quaisquer episódios em que as autoridades estaduais e locais obstruam ou impeçam funções federais.
"A lei federal proíbe os atores estaduais e locais de resistir, obstruir e de outra forma deixar de cumprir comandos e pedidos legais relacionados com a imigração", lê-se no memorando.
O memorando de três páginas assinala uma reviravolta significativa relativamente às prioridades do Governo democrata do Presidente Joe Biden, com os procuradores a serem informados em termos inequívocos de que estarão na linha da frente de um esforço de toda a administração para reprimir a imigração ilegal e os crimes fronteiriços.
O objetivo primeiro é agora colocar em prática a visão política da Casa Branca republicana do Presidente Donald Trump no que diz respeito aos crimes violentos, à ameaça dos gangues transnacionais e ao tráfico de droga.
"A responsabilidade do Departamento de Justiça, orgulhosamente assumida por cada um dos seus funcionários, inclui a aplicação agressiva das leis promulgadas pelo Congresso, bem como a defesa vigorosa das ações do Presidente em nome dos Estados Unidos contra os desafios legais", escreveu Bove.
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