Hamas acusa forças da Autoridade Palestiniana de participar na operação em Jenin

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) acusou hoje as forças de segurança da Autoridade Palestiniana de "participarem" na operação lançada na terça-feira pelo Exército israelita na cidade de Jenin.

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© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Images

Lusa
22/01/2025 15:46 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A operação israelita naquela cidade do norte da Cisjordânia fez, até agora, pelo menos dez mortos e mais de 40 feridos.

 

"A participação do aparelho de segurança da Autoridade Palestiniana no ataque da ocupação ao campo de Jenin é um crime contra o nosso povo e uma negação do sangue dos mártires", afirmou o movimento islamita palestiniano, sublinhando que tal alegada atitude "viola todas as 'linhas vermelhas' e a ética nacional".

O grupo apelou, por isso, a todas as fações palestinianas para que "se unam com toda a força para pôr fim às perigosas violações cometidas pela Autoridade Palestiniana" e indicou que os seus combatentes em Jenin "estão a fazer frente à agressão da ocupação e a fazer aumentar os confrontos noutras partes da Cisjordânia", como noticiou o diário palestiniano Filastin.

Às críticas, juntou-se a Jihad Islâmica, sustentando que as forças palestinianas "aplanaram o caminho" às forças israelitas, com as suas operações de segurança no último mês contra grupos armados no campo de refugiados, insistindo que tais ações "só beneficiam a ocupação" israelita.

O ministro da Defesa israelita, Israël Katz, afirmou hoje que a operação de Jenin "representará um ponto de viragem na estratégia de segurança" das forças israelitas na Cisjordânia, salientando tratar-se de "uma forte operação para eliminar terroristas e infraestruturas terroristas".

O campo de refugiados de Jenin foi palco, nas últimas semanas, de confrontos entre as forças de segurança da Autoridade Palestiniana e milícias palestinianas, entre as quais o braço armado do Hamas e a Jihad Islâmica, incidentes que se saldaram em cerca de uma dezena de mortos.

Além disso, Jenin e o seu campo de refugiados são, desde há meses, o epicentro das operações militares de Israel, no âmbito da sua estratégia de intensificação das operações na Cisjordânia, na sequência do ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas em território israelita, que resultou em cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 pessoas sequestradas.

Desde então, as autoridades palestinianas estimam em mais de 850 o número de mortos nas operações das forças israelitas e nos ataques dos colonos, ao passo que mais de 47.100 palestinianos foram mortos na guerra que Israel declarou a 07 de outubro de 2023 na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, segundo números das autoridades locais, considerados fidedignos pela ONU.

Leia Também: Médio Oriente. Autarca de Jenin acusa israelitas de forçar deslocações

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