Justiça suíça analisa queixas contra presidente israelita que visitou Davos

Os procuradores suíços adiantaram hoje que estão a examinar as várias queixas apresentadas contra o Presidente israelita Isaac Herzog, que foi acusado por organizações não-governamentais (ONG) de "incitação ao genocídio" no contexto da guerra em Gaza.

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© Halil Sagirkaya/Anadolu via Getty Images

Lusa
22/01/2025 23:45 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Isaac Herzog

O Gabinete do Procurador-Geral da Suíça (OAG) confirmou num e-mail enviado à agência France-Presse (AFP) que recebeu "várias queixas criminais" contra Herzog, que participou esta semana na reunião anual do Fórum Económico Mundial, na luxuosa estância de esqui suíça de Davos.

 

"As queixas criminais estão a ser examinadas de acordo com o procedimento habitual", explicou o Ministério Público, sem revelar os detalhes das queixas.

A mesma fonte acrescentou que está em contacto com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Suíça para "examinar a questão da imunidade da pessoa em causa".

A agência de notícias Keystone-ATS revelou que uma das queixas partiu de uma ONG chamada "Ação Legal Contra o Genocídio", que representa uma família que foi deslocada várias vezes durante a guerra de Gaza e cujos membros terão sido mortos ou gravemente feridos.

A ONG pede que Herzog seja acusado "por incitamento ao genocídio e a crimes contra a humanidade", segundo a agência noticiosa.

Israel nega categoricamente tais acusações, sublinhando que o movimento islamista palestiniano Hamas está a utilizar a população de Gaza como escudo humano.

Herzog falou em Davos na terça-feira e participou em reuniões hoje de manhã, mas não é claro se ainda está na Suíça.

Já tinha sido alvo de queixas apresentadas durante a última edição do Fórum de Davos, mas os procuradores não tinham aberto uma investigação nessa altura, segundo a agência Keystone-ATS.

O conflito em curso foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou cerca de 47 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Leia Também: Presidente israelita confiante que cessar-fogo chegará à segunda fase

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