Os dois motores do avião da Jeju Air que se despenhou, no mês passado, na Coreia do Sul, continham restos de patos, segundo um relatório preliminar das autoridades sul-coreanas divulgado esta segunda-feira.
De acordo com a Reuters, o relatório de seis páginas revela que os dois motores do Boeing 737-800 continham ADN de marrecos do Baikal, um tipo de pato migratório que voa para a Coreia do Sul durante o inverno em grandes bandos.
De recordar que o avião, proveniente de Banguecoque, ultrapassou a pista do aeroporto de Muan quando efetuava uma aterragem de emergência de barriga e embateu com um muro, acabando por explodir.
O relatório refere que os pilotos aperceberam-se de um bando e o avião "fez uma declaração de emergência para uma colisão com aves durante uma manobra de desvio", pouco depois de controladores de tráfego aéreo alertarem para possíveis colisões com pássaros.
Contudo, as caixas negras pararam de gravar pouco antes de os pilotos declararem a emergência - e cerca de quatro minutos antes do impacto.
O relatório destaca ainda os próximos passos da investigação, referindo que serão desmontados os motores, examinados os componentes em profundidade, analisados os dados de voo e de controlo do tráfego aéreo, os localizadores e os indícios de colisão com aves.
"Estas atividades de investigação exaustivas têm como objetivo determinar a causa exata do acidente", diz o relatório.
O acidente, ao qual sobreviveram duas pessoas, causou 179 mortos, tornando-se o pior desastre de aviação civil de sempre em solo sul-coreano e o pior em 2024 a nível mundial.
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