Conselheiro de Segurança Nacional sueco demite-se após investigação

O conselheiro de Segurança Nacional da Suécia anunciou hoje a sua demissão, após a abertura de uma investigação por negligência a episódios revelados na imprensa, que incluem documentos confidenciais esquecidos num hotel e o telemóvel deixado na embaixada húngara.

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© Aleksander Kalka/NurPhoto via Getty Images

Lusa
27/01/2025 17:54 ‧ 27/01/2025 por Lusa

Mundo

Suécia

Henrik Landerholm, 61 anos, cuja nomeação há dois anos levantou críticas por causa da sua longa amizade com o primeiro-ministro, Ulf Kristersson, também se esqueceu do seu bloco de notas num estúdio da Rádio Pública Sueca (SR), após uma entrevista em janeiro de 2023.

 

O incidente mais grave ocorreu em março de 2023, quando deixou vários documentos confidenciais num cofre no centro de conferências de um hotel.

"Informei o primeiro-ministro e concordámos que, nestas circunstâncias, já não poderia desempenhar as minhas funções e é por isso que renuncio ao cargo de conselheiro de Segurança Nacional", disse Landerholm numa declaração citada pela agência France Presse (AFP), em que confirma a abertura de uma investigação.

Ulf Kristersson há muito que defende o seu amigo de infância contra as exigências da oposição para a sua demissão, mas admitiu hoje que isso já não era possível.

"Não é possível que continue o seu trabalho nestas condições", reconheceu o chefe do Governo, referindo-se à abertura da investigação e comentando apenas que "os procedimentos legais seguirão agora o seu curso".

De acordo com o diário Dagens Nyheter, os documentos esquecidos no hotel foram encontrados pela equipa de limpeza e depois recuperados por um colega de Landerholm.

O jornal revelou ainda que o antigo conselheiro tinha inadvertidamente deixado o seu telefone na embaixada húngara após uma festa em dezembro de 2022, num momento crítico do processo de adesão da Suécia à NATO, que estava a ser bloqueado por Budapeste e Ancara.

Quanto ao incidente do bloco esquecido nos estúdios da SR, Henrik Landerholm não pediu a um colega que o fosse buscar, como exige o protocolo, tendo o caderno sido transportado de táxi, num saco de plástico, para um café de Estocolmo, segundo a emissora pública.

De acordo com o diário Aftonbladet, em 2024, o conselheiro fez com que os contribuintes pagassem parcialmente as suas viagens a Berlim para visitar a namorada, por vezes combinadas com deslocações de negócios.

O custo destas viagens, segundo o Governo, está estimado em 9.000 coroas (784 euros).

Henrik Landerholm desempenhou as funções de embaixador e de diretor da Agência Sueca de Defesa Psicológica, bem como foi presidente da Universidade Sueca de Defesa e presidente do comité parlamentar de Defesa.

Leia Também: Suécia apreende navio suspeito de sabotar cabo submarino no Báltico

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