O diretor do Instituto Guatemalteco de Migração, Alfredo Danilo Rivera, afirmou que o novo espaço para os migrantes deportados envolverá "a oferta de mais serviços" para que estes se possam readaptar ao país.
O processo de readaptação no centro, cuja data de abertura ainda não foi anunciada, consistirá na identificação das competências dos migrantes e no seu acompanhamento, no processo de qualificação para os programas sociais, entre outros.
De acordo com o Instituto Guatemalteco de Migração, este ano foram deportadas cerca de 3.297 pessoas, a maioria das quais a partir dos Estados Unidos por via aérea e uma percentagem menor do México.
Segundo o diretor do Instituto, o espaço será montado no Parque de la Industria, um centro de convenções e feiras localizado a poucos quilómetros do centro da Cidade da Guatemala.
Os Estados Unidos deportaram 61.680 guatemaltecos em 2024, contra os 55.302 repatriados para o país centro-americano em 2023.
O total para 2025 poderá vir a ser ainda mais elevado devido às políticas da administração do novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os Estados Unidos recuaram hoje nas suas ameaças de imposição de taxas aduaneiras elevadas aos produtos colombianos, após o país sul-americano ter aceite os voos de imigrantes deportados dos Estados Unidos.
Dezenas de pessoas que chegaram hoje à embaixada dos Estados Unidos em Bogotá foram informados por funcionários locais que as suas marcações haviam sido canceladas "devido à recusa do Governo colombiano em aceitar voos de repatriamento de cidadãos colombianos".
As tensões entre a Colômbia e os Estados Unidos aumentaram no domingo, após o Presidente colombiano, Gustavo Petro, ter afirmado na rede social X que, apesar de ter autorizado previamente os voos, não iria permitir que os dois aviões da Força Aérea norte-americana que transportavam um grupo de colombianos deportados aterrassem no país.
Petro também partilhou um vídeo que revelava outro grupo de imigrantes deportados a chegar ao Brasil com algemas nas pernas e sublinhou que a Colômbia só aceitará voos de deportação quando os Estados Unidos definirem protocolos que garantam o "tratamento digno" dos imigrantes deportados.
Perante a reação do Presidente colombiano, o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, ameaçou impor taxas alfandegárias de 25% sobre as exportações colombianas para os Estados Unidos e revogar os vistos norte-americanos de funcionários do governo colombiano.
As tensões foram atenuadas no domingo à noite, após a Colômbia ter autorizado a retoma dos voos de deportação e ter "concordado com todas as condições do Presidente Trump", incluindo a deslocação dos imigrantes deportados em voos militares, segundo a Casa Branca.
Donald Trump prometeu reformas rigorosas para salvaguardar as fronteiras do país, com o aumento das deportações e a cessação dos programas de proteção humanitária e de regularização de migrantes irregulares.
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