O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está envolvido em controvérsia desde o primeiro dia em que voltou à Casa Branca e, a mais recente, foi protagonizada com uma jornalista.
Na quinta-feira, na sequência do acidente mortal em Washington DC, uma jornalista questionou o chefe de Estado norte-americano sobre uma possível visita ao local.
Trump respondeu com ironia: "Eu tenho um plano para visitar, não o local. Qual é o local? A água? Quer que eu vá a nado?".
Trump referia-se ao facto de o avião da American Airlines e o helicóptero militar, que colidiriam, terem caído no rio Potomac.
"Eu não planeio fazer isso, mas vou encontrar-me com algumas pessoas que foram atingidas, com os familiares, obviamente", acrescentou.
What a nasty piece of shit:
— CALL TO ACTIVISM (@CalltoActivism) January 30, 2025
Reporter: “Do you have a plan to go visit the site?”
Trump: “I have a plan to visit, not the site. Because you tell me, what’s the site? The water? You want me to go swimming?”
pic.twitter.com/o57CmPv0Zj
Trump conversou com os jornalistas sobre o acidente na Sala Oval da Casa Branca, enquanto assinava ordens executivas.
O acidente ocorreu quando um helicóptero militar, com três pessoas a bordo, e um avião comercial Bombardier CRJ700 da American Eagle (subsidiária regional da American Airlines), com 60 passageiros e quatro tripulantes, colidiram na quarta-feira por volta das 20h48 de quarta-feira (01h48 de quinta-feira em Lisboa), quando este último se aproximava do Aeroporto Ronald Reagan, em Washington.
As autoridades estão a afastar a possibilidade de haver sobreviventes do acidente aéreo, o mais mortífero nos Estados Unidos desde 2001.
Um relatório da Agência Federal de Aviação dos EUA (FAA), divulgado pela agência Associated Press (AP) apontou na quinta-feira que o pessoal na torre de controlo de tráfego aéreo "não era o normal" no momento da colisão aérea mortal perto de Washington, com um controlador de tráfego aéreo estava a trabalhar em duas posições no momento do acidente.
Os investigadores do acidente aéreo referiram na quinta-feira que esperam ter conclusões preliminares dentro de 30 dias sobre as causas do acidente, no qual um avião de passageiros colidiu com um helicóptero.
Por sua vez, Jennifer Homendy, diretora do Conselho Americano de Segurança nos Transportes, disse que os investigadores devem verificar as informações, mas pediu para não especular sobre as causas do acidente.
Esta posição contrastou com a postura de Donald Trump, que disse não saber os motivos, mas deu a entender que o piloto do helicóptero era o culpado.
Apontou ainda o dedo, sem provas, aos governos democratas de Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025) por terem contratado controladores de tráfego aéreo que, na sua opinião, eram pouco qualificados, seguindo políticas de diversidade e inclusão.
O acidente ocorreu num dos espaços aéreos mais controlados e monitorizados do mundo, a pouco mais de cinco quilómetros a sul da Casa Branca e do Congresso norte-americano.
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