Os Estados Unidos da América querem que a Ucrânia realize eleições presidenciais e parlamentares este ano.
A informação é avançada pela Sky News que cita o antigo general Keith Kellogg, enviado de Donald Trump para a Ucrânia e para a Rússia, que diz que as eleições poderiam decorrer no final do ano, acima de tudo se um cessar-fogo com a Rússia fosse alcançado, mas acrescenta que tais votos "precisam de ser feitos".
"A maioria das nações democráticas têm eleições em tempos de guerra. Acho que é importante que o façam", disse Keith Kellogg à agência Reuters e apontou: "Acho que é bom para a democracia. Essa é a beleza de uma democracia sólida, há mais do que, potencialmente, uma pessoa na corrida".
As declarações do enviado de Trump surgem depois de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, ter alertado que excluir a Ucrânia de conversas entre os EUA e a Rússia podia ser "bastante perigoso".
O presidente Donald Trump, pouco antes de ser eleito, reiterou que iria acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia em apenas um dia.
Segundo avança ainda a Reuters, que cita duas pessoas ligadas a estes temas, Keith Kellogg e outros membros da Casa Branca discutiram pressionar a Ucrânia a concordar com eleições como parte de qualquer trégua inicial com a Rússia.
Zelenskyy outrora já tinha sublinhado que a Ucrânia poderia realizar eleições este ano se os combates terminassem e se existissem fortes garantias de segurança para dissuadir a Rússia de renovar as hostilidades.
O mandato de cinco anos do presidente ucraniano deveria ter terminado em 2024, mas as eleições presidenciais e parlamentares não podem ser realizadas sob lei marcial – que a Ucrânia impôs em Fevereiro de 2022.
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