No dia em que esta nova comissão parlamentar (de cariz temporário) teve a sua primeira reunião em Bruxelas, para escolher presidente e vice-presidentes, a assembleia europeia indica em comunicado que, para a liderança foi escolhida a eurodeputada liberal francesa Nathalie Loiseau, que conquistou 25 fotos, ao passo que o seu adversário, António Tânger Corrêa, obteve oito.
Da lista de membros efetivos fazem parte os eurodeputados portugueses António Tânger Corrêa (Chega, dos Patriotas pela Europa) e também Ana Catarina Mendes (PS, dos Socialistas e Democratas).
Esta estrutura está encarregue de avaliar a legislação e as medidas da UE existentes e planeadas à luz de potenciais interferências maliciosas nos processos democráticos, nomeadamente tendo em conta a estratégia do futuro Escudo Europeu para a Democracia, incluído nas orientações políticas da Comissão Europeia para 2024-2029.
Caberá à nova comissão parlamentar propor soluções tangíveis para reforçar a resiliência da UE a ameaças e ataques híbridos e para melhorar o quadro jurídico e institucional da União, bem como examinar atividades do executivo comunitário e do Serviço Europeu para a Ação Externa na luta contra a manipulação e a interferência de informações estrangeiras.
Em foco estarão, assim, questões como interferência através de plataformas em linha e no seu impacto na democracia, ataques a infraestruturas críticas, ciberataques, conteúdos gerados por IA e falsificações profundas destinadas à interferência estrangeira e à manipulação da informação, ameaças híbridas internas, bem como o papel de intervenientes maliciosos estatais ou não estatais.
Composta por 33 membros, esta comissão parlamentar especial tem um mandato de um ano, no final da qual apresentará um relatório de balanço.
Em meados de dezembro passado, o Parlamento Europeu aprovou a criação desta estrutura.
Leia Também: Chega vai propor repatriação de imigrantes com cadastro