"Desde 01 de janeiro que os Estados Unidos já não são membros do Conselho dos Direitos Humanos, mas sim um Estado observador. (...) Como tal, não se podem retirar de um órgão intergovernamental do qual não são membros", disse um porta-voz do Conselho, que vai realizar uma sessão extraordinária na sexta-feira sobre a situação na República Democrática do Congo.
O Conselho dos Direitos Humanos, uma espécie de assembleia de Estados para discutir questões relacionadas com as liberdades fundamentais, é composto por 47 países-membros com mandatos de três anos.
Os Estados Unidos já tinham abandonado o Conselho durante a anterior Presidência de Trump (2017-2021), regressando como observador durante o mandato do seu sucessor, o ex-Presidente Joe Biden, e entrado como um dos 47 membros em 2022, terminando o seu mandato de três anos a 31 de dezembro de 2024.
"Acolhemos com satisfação a participação de todos os membros da ONU no trabalho do Conselho e dos seus mecanismos, pois acreditamos que isso contribui para uma melhor promoção e proteção dos direitos em todo o mundo", acrescentou hoje o porta-voz do Conselho.
A Casa Branca disse, num comunicado, que o Conselho de Direitos Humanos da ONU "demonstrou um preconceito consistente contra Israel" e permitiu que países como o Irão, a China e Cuba o utilizassem para "se protegerem, apesar das suas graves violações e abusos dos direitos humanos".
A saída dos Estados Unidos de um conselho do qual a Rússia foi expulsa em 2022, após a sua invasão da Ucrânia, ocorre pouco antes de a instituição iniciar a primeira das suas três reuniões anuais, a 24 de fevereiro, que durarão seis semanas e discutirão as principais crises globais de direitos humanos.
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