Netanyahu, que compareceu na primeira audiência judicial após o adiamento da sua cirurgia à próstata, em dezembro, disse que estava a enfrentar vários "desafios médicos" e estava a submeter-se a um tratamento "forte" que envolvia a toma de "doses elevadas de antibióticos".
Na semana passada, Netanyahu não esteve presente no tribunal porque estava de visita oficial aos Estados Unidos, onde se encontrou com o Presidente norte-americano, Donald Trump, a quem agradeceu por ter apresentado um plano para deslocar os palestinianos da Faixa de Gaza e assumir o controlo do enclave.
O primeiro-ministro israelita também não compareceu a outras audiências, já que em três ocasiões estas foram suspensas porque um dos juízes responsáveis pelo caso estava doente, de acordo com as informações recolhidas pelo jornal The Times of Israel.
Netanyahu descreveu a sua visita aos Estados Unidos como "histórica", mas realçou que foi "desafiante" fisicamente, uma vez que foi submetido a uma operação há pouco mais de um mês e, deste então, sofreu complicações.
Nesse sentido, afirmou que precisará de "pausas" a medida em que é ouvido no tribunal.
O primeiro-ministro israelita, que classificou as acusações contra si como "ridículas", é acusado de três crimes, incluindo fraude e suborno, embora tenha alegado que tudo faz parte de perseguição política. Entretanto, conseguiu regressar ao poder para um sexto mandato com os processos já abertos, no final de 2022.
As acusações contra Netanyahu incluem o uso indevido do seu poder para pressionar os meios de comunicação sociais a divulgar informações favoráveis ao Governo israelita.
Um dos casos remonta a 2000, quando terá tentado chegar a um acordo com o jornal Yedioth Aharonot para este falar positivamente sobre a sua administração em troca da aprovação de legislação que prejudicaria o seu principal concorrente, o jornal Israel Hayom.
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