"A ocupação israelita está a obstruir deliberadamente a passagem de casos médicos através da fronteira de Rafah", afirmou o Ministério da Saúde de Gaza, sublinhando que várias pessoas que receberam permissão para viajar foram posteriormente informadas de que as suas viagens tinham sido recusadas.
A mesma fonte adiantou que algumas dessas pessoas receberam a notificação "no próprio dia da viagem" ou viram o seu pedido rejeitado diretamente.
"A lista de doentes de hoje inclui um rapaz de 16 anos com cancro, bem como o acompanhante de outro doente oncológico", especificou.
Em comunicado publicado na rede social Facebook, o ministério palestiniano adiantou que a expectativa é que 53 doentes saiam pela passagem de Rafah durante o dia, "o que é menos do que o número acordado [que determinava que] 150 doentes e feridos seriam autorizados a sair".
O comunicado foi emitido menos de um dia depois de o Hamas ter suspendido "até novas ordens" a libertação dos reféns prevista para sábado, depois de acusar as autoridades israelitas de atrasar o regresso de pessoas deslocadas da parte norte da Faixa de Gaza, de continuar a atacar a população civil e de obstruir a entrada de ajuda.
O Hamas anunciou que embora esteja comprometido com o acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor a 19 de janeiro, vai condicionar os passos para obrigar Israel a assumir também a sua parte.
Por isso, avisou, não considera fazer nova entrega de reféns -- que estava programada para sábado - e pretende mesmo exigir indemnizações por estas alegadas violações por parte das autoridades israelitas.
Leia Também: Kibbutz comunicou que refém israelita de 86 anos morreu em cativeiro