Num comunicado, o exército israelita adiantou ter já informado a família de Shlomo Mansour de que "foi assassinado pela organização terrorista Hamas em 07 de outubro de 2023" e que o respetivo corpo ainda se encontra retido na Faixa de Gaza.
"A decisão de confirmar a sua morte foi tomada com base nas informações recolhidas nos últimos meses", acrescenta o comunicado.
Nascido no Iraque, Shlomo Mansour, que completou 85 anos precisamente em 07 de outubro de 2023, foi um dos fundadores do Kibutz Kissoufim, onde foi morto.
Saudando a sua memória, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou na rede social X que "o governo tudo fará para trazer de volta todos os reféns, vivos e mortos".
Anteriormente, o Kibutz Kissoufim anunciou que tinha recebido "notícias do assassínio" de Shlomo Mansour.
A sua mulher de 60 anos, Mazal Mansour, tinha conseguido escapar durante o ataque de 07 de outubro. O casal tem cinco filhos.
"Este é um dos dias mais difíceis da nossa história", refere um comunicado do 'kibutz'.
"Shlomo era para nós muito mais do que um membro da comunidade. [...] O nosso coração está destroçado por não termos conseguido trazê-lo de volta vivo', lê-se na declaração.
As autoridades do 'kibutz' apelaram ao governo israelita e à comunidade internacional para que "continuem a agir com determinação para trazer de volta todos os reféns, vivos ou mortos, e não permitam que histórias dolorosas como a de Shlomo se repitam".
Embora o cessar-fogo entre Israel e o Hamas tenha entrado em vigor em 19 de janeiro, a trégua continua a ser particularmente frágil.
Na segunda-feira, o movimento islamita palestiniano ameaçou adiar a libertação dos reféns israelitas prevista para sábado, argumentando que Israel tinha violado o acordo de tréguas.
Israel descreveu a decisão do Hamas como uma "violação total" do acordo e ordenou ao seu exército que se preparasse para "todos os cenários".
O ataque do Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023, causou a morte de cerca de 1.200 pessoas do lado israelita, a maioria civis mortos, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.
Das 251 pessoas raptadas nesse dia, 73 continuam reféns em Gaza, 35 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita.
Mais de 48.200 palestinianos foram mortos na campanha militar de retaliação de Israel na Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas para Gaza, considerados fiáveis pela ONU.
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