Livreiros israelitas ficam em prisão domiciliária sem acusações definidas

Um tribunal israelita libertou hoje dois livreiros detidos no domingo após uma rusga a uma importante livraria de Jerusalém Oriental, mas ordenou que permanecessem em prisão domiciliária durante cinco dias, sem que tenham sido formalizadas acusações.

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© Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images

Lusa
11/02/2025 13:52 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A polícia israelita deteve Ahmad e Mahmud Muna, proprietários da Livraria Educativa, por alegadamente venderem livros que "continham incitamento e apoio ao terrorismo", incluindo um livro de colorir infantil intitulado "Do Rio ao Mar" ", uma referência ao território entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo que hoje inclui Israel, a Cisjordânia ocupada e a Faixa de Gaza.

 

Após a sua libertação, Ahmad disse ao jornal The Times of Israel que se tratou de "uma detenção brutal e dura", acrescentando que os dois homens estão também proibidos de ir à livraria durante 20 dias.

A polícia tinha solicitado que os dois homens fossem mantidos sob custódia durante oito dias, mas na segunda-feira o tribunal concedeu uma prorrogação de um dia à detenção, tendo hoje ordenado a sua libertação.

A Livraria Educacional foi fundada em 1984 e organiza agora lançamentos de livros, debates, exibições de filmes e outras atividades culturais, de acordo com o seu portal de internet, que refere que é "uma livraria bem estabelecida com foco na cultura do Médio Oriente e no conflito árabe-israelita".

"Os livros são geralmente baseados em investigações e publicados por instituições e editoras altamente conceituadas de todo o mundo. A nossa coleção de livros inclui também uma seleção de literatura árabe, guias, dicionários e manuais árabes", afirma, acrescentando que também vende mapas, revistas e jornais.

O incidente aconteceu uma semana depois de as forças de segurança israelitas terem fechado uma livraria no mercado Jan al-Zeit, na Cidade Velha de Jerusalém, e detido o seu proprietário, Hisham al-Akramawi, também sob a alegação de que este vendia livros com conteúdo incendiário.

Leia Também: Israel anuncia morte de refém octogenário cujo corpo se encontra em Gaza

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