Antes, o que vai ser feito, adiantou na estação televisiva CNN, é um estudo pelos departamentos do Tesouro e do Comércio do que existe em termos de taxas alfandegárias e outras barreiras ao comércio internacional.
"Em todo o caso, não vai haver taxas alfandegárias recíprocas. Não nos apressemos. O que se vai passar é vamos analisar todos os nossos parceiros comerciais, a começar pelos que temos défices mais elevados. Vamos ver se estão a enganar o povo norte-americano e, se o estiverem, vamos tomar medidas", adiantou.
Em 07 de fevereiro, em declarações à comunicação social na Sala Oval, ao lado do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, Trump disse que esta semana ia anunciar essas taxas recíprocas, para que os EUA fossem tratados em igualdade de condições.
Desde que chegou á Casa Branca que Trump tem utilizado as taxas alfandegárias como forma de pressão, apesar de os economistas avisarem que este tipo de medidas pode causar uma subida de preços nos EUA.
Trump já anunciou taxas alfandegárias de 25% a aplicar às importações vindas de México e Canadá, os principais parceiros comerciais dos EUA, a partir de 04 de fevereiro, mas adiou o seu início para dentro de um mês, depois de estes Estados terem decidido aumentar o controlo fronteiriço, para procurarem reduzir o tráfico de fentanil e a entrada de pessoas sem documentos nos EUA.
O que Trump já cumpriu foi a aplicação de taxas alfandegárias às importações vindas da China, o que levou o Estado asiático a retaliar com agravamentos similares.
Na segunda-feira, assinou duas ordens executivas para impor taxas alfandegárias de 25% a todas as importações de aço e alumínio, a vigorar a partir de 12 de março.
"Não nos podemos permitir não ter indústrias fortes de aço e alumínio", disse hoje Navarro.
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