"O presidente do Conselho Europeu, António Costa, juntamente com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, representarão a União Europeia na 8.ª Cimeira UE-África do Sul, que terá lugar em 13 de março na África do Sul", indica em comunicado a instituição que junta os chefes de Governo e de Estado europeus.
Neste encontro de alto nível, o objetivo é "reforçar ainda mais as relações com a África do Sul, que é um parceiro estratégico para a UE num contexto geopolítico difícil", segundo a mesma nota.
A cimeira visa fazer avançar algumas das questões mundiais e regionais mais prementes que fazem igualmente parte da Presidência sul-africana do G20 e debater atuais desafios geopolíticos, incluindo a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, a situação no Médio Oriente e a atual escalada na República Democrática do Congo.
Citado pela nota, António Costa diz aguardar "debates sobre a melhoria das relações económicas, a transição energética, a segurança e a defesa, as cadeias de valor sustentáveis e a cooperação multilateral".
A Parceria Estratégica UE-África do Sul está em vigor desde 2007 e, desde então, realizaram-se várias reuniões de alto nível, incluindo mais de vinte diálogos setoriais, um diálogo anual sobre direitos humanos e um Conselho Conjunto de Cooperação.
Do ponto de vista económico, a África do Sul é o maior parceiro comercial da UE na África subsaariana, com 49 mil milhões de euros de comércio total de mercadorias em 2023, e o bloco comunitário é a principal fonte de investimento direto estrangeiro no país, totalizando 53,7 % em 2022.
Para 03 e 04 de abril está marcada a primeira cimeira UE-Ásia Central, anunciou também hoje o Conselho Europeu.
A cimeira será organizada pelo Presidente do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev, e contará com a participação dos líderes do Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Turquemenistão, sendo que pela UE estarão António Costa e Von der Leyen.
"A cimeira constituirá uma oportunidade fundamental para a UE demonstrar o seu interesse geopolítico em intensificar os compromissos bilaterais e reforçar a cooperação regional com a Ásia Central. Tendo em conta a evolução do panorama geopolítico, marcado pela guerra ilegal de agressão da Rússia contra a Ucrânia e pelos atuais desenvolvimentos no Afeganistão, as relações entre a União e a Ásia Central têm vindo a assumir uma importância estratégica crescente ao longo dos anos", adianta a instituição comunitária.
António Costa indica, citado pelo comunicado, que, "num mundo de desordem e fragmentação, [...] a única solução viável para a UE é construir parcerias mais fortes para promover a paz e a prosperidade".
Durante a cimeira, a UE adianta que afirmará o seu empenho em intensificar a cooperação em domínios de interesse mútuo, como transportes e a conectividade digital na região e com a UE, as matérias-primas essenciais, a cooperação económica e em matéria de segurança e a transição energética.
As relações de alto nível entre a UE e a Ásia Central intensificaram-se nos últimos anos, com duas reuniões de dirigentes realizadas em outubro de 2022 no Cazaquistão e em junho de 2023 no Quirguistão.
A UE é o segundo parceiro comercial da região, bem como o maior investidor, com um volume de negócios de cerca de 1,5 mil milhões de euros.
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