Presidente sul-coreano defende decisão de decretar a lei marcial

Nas suas alegações finais do seu julgamento para destituição, o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, defendeu o decreto que instituía a lei marcial, mas que acabou por mergulhar o país no caos.

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© Korea Pool - Getty Images

Lusa
26/02/2025 00:03 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Coreia do Sul

O objetivo do decreto, especificou, era o de informar o público do perigo de um parlamento controlado pela oposição.

 

Yoon falou ao Tribunal Constitucional, quando este recolhe argumentos para a sua decisão.

A instituição deve divulgar a sua posição em meados de março.

Então se saberá se remove Yoon do cargo ou se lhe devolve os poderes presidenciais.

A Assembleia Nacional, controlada pela oposição liberal, destituiu Yoon, um conservador, depois de este ter decretado em 03 de dezembro a lei marcial, que causou uma tempestade política, abalou o seu mercado financeiro e prejudicou a sua imagem internacional.

Em relação com o seu decreto, foi detido e acusado de rebelião. Se for condenado, incorre em uma pena de morte ou prisão perpétua.

Yoon tem negado qualquer má prática e responsabilizou a principal força da oposição, o Partido Democrático, pela crise política, ao obstruir a sua agenda, destituir muitos dirigentes seniores e cortar partes relevantes do orçamento governamental.

Durante o seu anúncio da lei marcial, Yoon qualificou a assembleia como "um covil de criminosos" e de "forças anti-Estado".

"A razão pela qual declarei a lei marcial foi por causa do desespero que não ignorar com uma crise de resolve-ou-morre que o país enfrenta", disse então.

Depoisd e declarar a lei marcial, Yoon enviou militares e polícias para o parlamento, mas mesmo assim conseguiram entrar deputados em número suficiente para rejeitar unanimemente o decreto, forçando o governo a retirá-lo.

Yoon reiterou hoje que não teve intenção de interromper os trabalhos da Assembleia e que o envio de militares e polícias foi para manter a ordem.

Mas alguns comandantes de unidades militares enviados para a Assembleia testemunharam que tinham ordens de Yoon para retirar os deputados e impedi-los de anular o seu decreto.

Durante a audiência, o deputado do Partido Democrático Jung Chung-rai disse que Yoon deveria ser destituído por atacar a Constituição, ao procurar fechar a Assembleia e suprimir a sua autoridade com força armadas.

Jung disse ainda que a imposição da lei marcial perturbou a ordem pública, porque a Coreia da Sul não estava em situação de emergência que exigisse medida tão drástica.

Manifestações massivas de apoiantes e críticos de Yoon têm partilhado as ruas de Seul e outras cidades sul-coreanas.

Qualquer que venha a ser a decisão do Tribunal, os analistas entendem que deve polarizar o país e agravar a divisão entre conservadores e liberais.

Se Yoon for destituído, uma eleição nacional deve ocorrer no prazo de dois meses para encontrar um sucessor.

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