Mais quase uma centena de novos casos de cólera na província de Nampula

O surto de cólera na província moçambicana de Nampula provocou cerca de uma centena de novos infetados desde sexta-feira, elevando o número de casos para 579 em três distritos, segundo dados oficiais das autoridades de saúde.

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Lusa
26/02/2025 10:20 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Moçambique

As autoridades de saúde locais confirmaram no sábado casos de cólera nos distritos de Nampula e de Murrupula, além de Mogovolas - este que já contabilizou um total de 29 mortos -, com um acumulado de 494 infetados desde outubro até sexta-feira.

 

De acordo com os dados apresentados hoje pelas autoridades de saúde em Nampula, nas u´ltimas 24 horas o acumulado de casos de cólera na província subiu para 579, distribuídos por Mogovolas (302), Nampula (166) e Murrupula (111).

"Temos três distritos neste momento com surto de cólera", disse na segunda-feira, em declarações aos jornalistas, a diretora provincial de Saúde em Nampula, Selma Xavier, salientando que no distrito de Mogovolas "o surto se arrasta desde outubro do ano passado" e ainda não foi possível controlá-lo.

Reconheceu, igualmente, que não está a ser possível obter dados do distrito de Mogovolas devido à vandalização do Centro de Tratamento de Cólera, sendo que só recentemente foi reaberto o centro de saúde na vila sede de distrito.

"Reabrimos a unidade sanitária da sede e estamos a tentar atender todos os doentes que aparecem lá com a doença", apontou.

O último relatório sobre a progressão da doença em Moçambique, referente ao período de outubro de 2023 a julho de 2024, indicava um total de 16.506 infetados, com uma taxa de letalidade de 0,2%, em todo o país.

As autoridades de saúde de Nampula já tinham admitido em 07 de fevereiro que mitos e desinformação comprometem a meta de vacinação contra a cólera no distrito de Mogovolas, entre os mais afetados naquela província do norte de Moçambique.

As autoridades pretendiam atingir 197.999 pessoas, mas acabaram vacinando 169.865, o que corresponde a 85,8%, afirmou na altura à Lusa Samuel Carlos, representante do Serviço Provincial de Saúde em Nampula.

Devido à onda de desinformação, com as comunidades a acusarem os técnicos de saúde no terreno de estarem a propagar a doença, populares de Mogovolas destruíram o Centro de Tratamento da Cólera, bem como o bloco operatório do parceiro estratégico do Governo, a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras.

"Infelizmente não conseguimos vacinar todos (...), mas para nós este resultado foi encorajador, porque prevíamos uma certa resistência. Com ajuda da força militar foi possível prosseguir com a campanha", acrescentou.

Trata-se de uma campanha levada a cabo num distrito que conta com uma população estimada em 457 mil habitantes. A campanha decorreu entre 06 e 10 de janeiro, incidindo em pelo menos três pontos considerados críticos, nomeadamente, Nametil-7, Matua e Nanhupo-Rio.

Leia Também: ONG eleva para 353 mortos nos protestos pós-eleitorais em Moçambique

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