Trinta dias depois, a visualização da Lua nova seguinte marcará o fim deste período durante o qual desde a puberdade os seguidores do islamismo -- exceto os muito idosos, as grávidas ou menstruadas, os doentes e os viajantes - estão obrigados a não comer e beber entre o amanhecer e o anoitecer.
O jejum no nono mês do calendário muçulmano, baseado no ciclo lunar, é considerado um dos cinco pilares do Islão. De acordo com a tradição islâmica, foi neste mês que Deus revelou o livro sagrado desta religião, o Corão, ao profeta Maomé.
Na Mesquita Central de Lisboa, como acontece habitualmente durante o Ramadão, serão disponibilizadas 2.000 refeições diárias para a quebra do jejum, ao pôr-do-sol.
A "recitação do Sagrado Alcorão em congregação durante as 29/30 noites, palestras e aulas de ensino religioso" são outras das atividades previstas para decorrerem naquela mesquita, disse à agência Lusa através de correio eletrónico Samir Aboobaker, da Comunidade Islâmica de Lisboa.
Durante o Ramadão, espera-se que os crentes reflitam e realizem boas ações, por exemplo ajudando os desfavorecidos, e na mesquita serão distribuídas "roupas para os mais necessitados", acrescentou.
Outro dos pilares do Islão é a esmola, que costuma ser mais numerosa durante este mês, e, no campo das boas ações, em vários países muçulmanos o final do mês sagrado é ocasião de amnistias.
A data prevista para o final do Ramadão em 2025 é 30 de março, momento para o festival da quebra do jejum, o Eid al-Fitr, e um dia de celebração pelo cumprimento do dever, para rezar orações para a ocasião, passar tempo com a família e desfrutar de boa comida.
O facto de o ano lunar ser mais curto que o solar explica que a cada ano a data do Ramadão se aproxime do início do ano 10 ou 11 dias. Segundo uma notícia divulgada no 'site' da rede televisiva europeia Euronews, em 2030, o Ramadão será celebrado duas vezes, no início de janeiro e no final de dezembro.
O Islão é segunda maior religião do mundo, seguida por cerca de 25% da população mundial. Em Portugal, os muçulmanos serão "mais de 50 mil", representando os sunitas "entre 80 a 90%" dos crentes.
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