O gabinete do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, defendeu que a marcha anual Budapeste Pride, para celebrar o orgulho LGBTQ+, deverá realizar-se num "local fechado" para "proteção das crianças".
O evento realizou-se durante décadas na Avenida Andrássy, uma rua no centro da cidade de Budapeste. No entanto, o chefe do gabinete de Orbán, Gergely Gulyás, disse à imprensa húngara, na quarta-feira, que o Budapeste Pride não deveria ser realizado como no passado.
Segundo Gulyás, citado pelo The Guardian, o objetivo é "fazer cumprir o ponto de vista da proteção das crianças" e não há qualquer risco com um "um Pride que se realiza num espaço fechado".
No sábado, o primeiro-ministro da Húngaro afirmou que os organizadores do evento "nem sequer se deviam dar ao trabalho" este ano, pois o evento seria uma "perda de dinheiro e de tempo".
A Hungria aprovou em 2021, uma lei que proíbe "a promoção" da homossexualidade junto de menores de 18 anos, o que desencadeou a inquietação dos defensores dos direitos humanos, numa altura em que o governo conservador de Viktor Orbán multiplica as restrições à comunidade LGBT.
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