O gabinete não deu mais pormenores sobre o processo, segundo a agência francesa AFP.
O anúncio seguiu-se à devolução pelo movimento islamita palestiniano Hamas dos corpos de quatro reféns, na quarta-feira à noite, a que Israel respondeu com a libertação de 620 prisioneiros palestinianos, tal como previsto no acordo.
O Hamas disse hoje de manhã que estava pronto para iniciar conversações com Israel para definir uma segunda fase do cessar-fogo e que a única maneira de libertar os restantes reféns israelitas era um compromisso com esse acordo.
Israel "não tem outra escolha senão iniciar as negociações para a segunda fase", disse o Hamas.
"Renovámos o nosso total compromisso com o acordo de cessar-fogo, com todos os seus detalhes e disposições, e [manifestamos] a nossa disponibilidade para iniciar negociações relacionadas com a segunda fase do acordo", acrescentou.
A troca dos reféns pelos prisioneiros é a última da primeira fase do cessar-fogo, que termina este sábado, sem que se saiba o que acontecerá a seguir, uma vez que não há acordo sobre a segunda fase, segundo a agência espanhola EFE.
Benjamin Netanyahu comprometeu-se hoje a "trabalhar incansavelmente" para trazer de volta todos os reféns de Gaza.
"Comprometo-me a continuar a trabalhar sem descanso até que todos regressem. Até que todos os nossos filhos e filhas regressem a casa", declarou Netanyahu num comunicado.
Dos 251 reféns sequestrados em 07 de outubro em Israel, 62 continuam detidos em Gaza, incluindo 35 mortos, segundo o exército israelita.
As negociações entre o Hamas e Israel têm sido mediadas pelo Qatar, Arábia Saudita e Egito.
O cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro interrompeu 15 meses de combates na Faixa de Gaza, no âmbito da ofensiva lançada por Israel depois de ter sofrido um ataque do Hamas no seu território em 07 de outubro de 2023.
No ataque sem precedentes, os militantes do Hamas e de outros grupos radicais mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de duas centenas que levaram para Gaza como reféns, segundo as autoridades israelitas.
A retaliação israelita fez mais de 48.300 mortos em Gaza, de acordo com o Hamas.
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