Costa quer UE e Turquia "mais perto" para parar guerra na Ucrânia

O presidente do Conselho pediu esta quinta-feira que a União Europeia (UE) trabalhe "mais de perto" com a Turquia para assegurar uma "paz duradoura" na Ucrânia e uma transição "inclusiva e democrática" na Síria. Costa quer UE e Turquia juntas a parar conflito na Ucrânia

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© Stephanie Lecocq/Reuters

Lusa
27/02/2025 16:03 ‧ há 3 horas por Lusa

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União Europeia

"Tive uma boa conversa com o Presidente [da Turquia] Recep Tayyip Erdogan. A Turquia é um parceiro estratégico, um país candidato à adesão à UE, nestes tempos desafiantes, aprecio o papel significativo global e enquanto interveniente regional, e quero que trabalhemos mais de perto para assegurar uma paz duradoura na Ucrânia", escreveu António Costa nas redes sociais.

 

O presidente do Conselho Europeu acrescentou que a União Europeia também está pronta para trabalhar com Ancara no "apoio a uma transição inclusiva e democrática na Síria".

"Expressei o meu total apoio aos esforços do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para os acordos de Chipre", acrescentou António Costa.

A conversa entre António Costa e Recep Tayyip Erdogan antecede a cimeira extraordinária de líderes da UE, em 06 de março, convocada para discutir a guerra na Ucrânia e a defesa europeia.

Hoje, António Costa confirmou a presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na reunião do Conselho Europeu da próxima semana.

O Presidente da Ucrânia vai estar presente na reunião extraordinária do Conselho Europeu, em 06 de março, anunciou hoje o presidente da instituição, António Costa.

"Convidei o Presidente [Volodymyr] Zelensky a estar presente em Bruxelas por ocasião do Conselho Europeu para discutir os últimos desenvolvimentos [na guerra]", escreveu António Costa na carta endereçada aos representantes de cada país da União Europeia (UE).

A cimeira extraordinária de líderes da UE vai começar pelas 12:30 locais (11:30 em Lisboa) e haverá uma "discussão com o Presidente Zelensky durante o almoço".

"Depois vamos concentrar-nos na defesa europeia, e na discussão sobre a Ucrânia", acrescentou o presidente do Conselho Europeu (ex-primeiro-ministro de Portugal).

No que diz respeito à Ucrânia, "há um novo ímpeto, que tem de levar a uma paz compreensiva, justa e duradoura".

Por isso, os líderes dos 27 Estados-membros da UE necessitam de compreender "como é que podem apoiar ainda mais a Ucrânia" e os "princípios que tem de ser respeitados daqui para a frente", referiu António Costa.

Os líderes da UE reuniram-se na quarta-feira de manhã por videoconferência para conhecer os detalhes do encontro entre o Presidente de França e o homólogo dos EUA, na segunda-feira.

António Costa convocou na terça-feira esta reunião por videoconferência para preparar uma cimeira extraordinária, na próxima semana, com o objetivo de enfrentar a alteração de postura da Casa Branca.

O encontrou realizou-se no dia do terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia e essa foi a principal questão abordada.

Imagens transmitidas do encontro entre os dois presidentes mostraram Donald Trump a dizer que todo o apoio da UE à Ucrânia foi feito sob empréstimos com Macron a corrigir o homólogo dos EUA.

"Na realidade, pagámos 60% do esforço total e foi, tal como fizeram os EUA, com empréstimos e subvenções, providenciámos dinheiro real. Esta guerra custou-nos, a todos, muito dinheiro, e é responsabilidade da Rússia, porque o agressor é a Rússia", disse o chefe de Estado francês.

Emmanuel Macron foi o primeiro líder da União Europeia a visitar os Estados Unidos da América desde a tomada de posse de Trump, numa altura em que Washington e Moscovo iniciaram negociações preliminares para um cessar-fogo na Ucrânia e um eventual acordo de paz, em reuniões que excluíram a União Europeia e o país invadido.

Depois de responsabilizar a Ucrânia pela invasão da Federação Russa, que começou em 22 de fevereiro de 2022, Donald Trump disse, na segunda-feira, que espera uma visita de Volodymyr Zelensky para fechar um acordo sobre a partilha das receitas sobre os minerais ucranianos.

Leia Também: Costa e Von der Leyen em Londres no domingo para discutir apoio europeu

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