Kyiv avisa aliados de que "não precisa apenas de apoio terrestre"

O chefe da diplomacia ucraniana, Andri Sibiga, criticou esta quinta-feira o facto de o debate internacional sobre as garantias de segurança estar focado na criação de uma missão terrestre, alertando para a relevância do ar e do mar.

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Lusa
27/02/2025 17:10 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"A terra, o céu e o mar devem estar em foco", aconselhou Sibiga numa mensagem divulgada na rede social X, referindo-se à discussão aberta sobre o possível envio de um contingente militar estrangeiro para a Ucrânia, no âmbito de um eventual plano de paz com a Rússia.

 

O Governo russo já avisou que não aceitará o envio de tropas europeias para a Ucrânia - uma hipótese que tinha sido levantada por líderes ocidentais como o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

Esta semana, o Presidente dos EUA, Donald Trump, tinha dito que o cenário do envio de tropas de paz europeias para território ucraniano era uma ideia que ele saudava, insistindo que o seu Governo não pondera o envio de militares para a Ucrânia.

A versão mais recente do acordo que Trump deverá assinar na sexta-feira, em Washington, com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que os Estados Unidos "apoiam os esforços da Ucrânia para obter garantias de segurança necessárias para estabelecer uma paz duradoura", mas não especifica qualquer compromisso dos Estados Unidos em fornecer essa segurança.

Numa conferência de imprensa na quarta-feira, Donald Trump clarificou que alguns líderes europeus, incluindo Macron e Starmer, já tinham prometido enviar forças de paz para a Ucrânia, no âmbito de um acordo de paz na Ucrânia.

Na mesma ocasião, o Presidente norte-americano afirmou que a Ucrânia "pode esquecer" a adesão à NATO, pretensão a que atribuiu o atual conflito entre este país e a Rússia.

"Podem esquecer a NATO (...) acho que essa é provavelmente a razão porque tudo começou", afirmou, referindo-se ao conflito em território ucraniano, pelo qual se tem escusado a responsabilizar a Rússia, que invadiu o país vizinho há três anos.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

Leia Também: Costa quer UE e Turquia "mais perto" para parar guerra na Ucrânia

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