Os serviços de emergência informaram nas redes sociais que receberam um primeiro relato de atropelamento num cruzamento junto da localidade de Pardes Hanna, pouco depois das 16:15 locais (menos duas horas em Lisboa).
Segundo o diário Haartez, uma investigação preliminar indica que o condutor atingiu as vítimas que se encontravam numa paragem de autocarro num primeiro cruzamento, enquanto conduzia a alta velocidade na direção de outra interceção, onde colidiu com um carro da polícia.
Entre as pessoas atingidas, há uma jovem de 17 anos em estado crítico, outras duas em estado grave e as restantes ficaram com ferimentos ligeiros, de acordo com a imprensa israelita.
As primeiras notícias, citando as autoridades, davam conta da detenção do condutor, num caso tratado como "suspeita de ataque terrorista", mas um porta-voz da polícia disse posteriormente ao jornal Times of Israel que o alegado atacante foi morto.
Trata-se, de acordo com a mesma fonte, de um palestiniano de 53 anos de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, que residia em Israel sem autorização e casado com uma cidadã israelita.
O grupo islamita palestiniano Hamas já reagiu, elogiando "uma resposta natural e heroica" aos "crimes contínuos" de Israel na Cisjordânia.
Para o Hamas, o ataque é uma mensagem ao Governo "extremista" israelita de que "a resistência vai continuar até que a ocupação [da Palestina] seja terminada".
Após a entrada em vigor do acordo de cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza, em 19 de janeiro, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Cisjordânia, com foco nas cidades de Tulkarem, Jenin e Tubas.
Só em Jenin, um bastião histórico de militantes palestinianos, mais de 16 mil pessoas abandonaram o campo de refugiados com o mesmo nome e pelo menos 27 perderam a vida desde 21 de janeiro, incluindo uma menina de 2 anos atingida a tiro e um rapaz de 14 abatido por um drone israelita, segundo fontes médicas.
No total, as autoridades palestinianas estimam que 40 mil palestinianos tenham saído dos campos de refugiados nestas três cidades da Cisjordânia e não poderão regressar, alertou há dias o ministro da Defesa israelita, Israel Katz.
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