Abertos 28 processos contra funcionários públicos em Moçambique

O Ministério Público (MP) na província de Cabo Delgado abriu 28 processos-crime contra funcionários públicos suspeitos de prática de crimes de corrupção, disse esta quinta-feira o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo.

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Lusa
27/02/2025 17:08 ‧ há 3 horas por Lusa

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"Nós deixamos recomendações que, para além de processos disciplinares, também a corrupção é um crime e esses processos já foram canalizados, submetidos ao Gabinete Provincial de Combate à Corrupção", disse Daniel Chapo, respondendo a uma pergunta de jornalistas sobre ações de combate à corrupção naquela província, avançando com os números em Cabo Delgado. 

 

Chapo falava em conferência de imprensa naquela província no norte do país, no final de uma visita de trabalho de três dias.

"Estão em tramitação [os processos], porque, como sabem, carecem de investigação para, depois, com base nos dados que vão ser apurados, chegar-se à conclusão se houve a prática. Sabem muito bem que, no mundo do crime, há um princípio de inocência até que a pessoa realmente seja condenada, mas tem que haver produção de provas e achamos que a província está a fazer o seu trabalho", acrescentou.

O chefe de Estado exigiu, a 18 de janeiro, o combate à corrupção, transparência e boa governação, após dar posse ao novo executivo, a quem pediu integridade e criatividade para resolver os problemas dos moçambicanos.

"A corrupção é uma doença que corrói o tecido do Estado e do povo, pelo que exortamos que estejam na linha da frente no combate ao uso abusivo de bens públicos; dos funcionários fantasmas, dos concursos simulados para favorecer amigos, famílias, colegas; dos cartéis que enriquem à custa do povo", apelou Daniel Chapo.

O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) anunciou, em agosto passado, que recuperou, no primeiro semestre de 2024, bens avaliados em cerca de 128 milhões de meticais (quase dois milhões de euros) em casos de corrupção em Moçambique.

No total, o Ministério Público recuperou, no primeiro semestre deste ano, seis imóveis, avaliados em pouco mais de 126 milhões de meticais (1,8 milhões de euros), e uma viatura, orçada em 1,3 milhões de meticais (18 mil euros), num período em que tramitou 1.328 processos.

Leia Também: Presidente moçambicano chama "ditadura" a instruções de Mondlane

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