Macron defende que europeus têm "mais do que nunca estar unidos"

O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu esta quinta-feira em Lisboa que os europeus devem estar mais unidos do que nunca e preparar-se em matéria tecnológica, industrial e de defesa, num momento em que as velhas alianças são questionadas.

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Lusa
27/02/2025 18:22 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Emmanuel Macron

"Os europeus, hoje, devem estar convencidos de uma coisa: que é preciso mais do que nunca estar unidos e ser fortes", acentuou o chefe de Estado francês, na Assembleia da República, no âmbito da visita de Estado que está a efetuar a Portugal.

 

Macron disse que a ligação entre Portugal e a França é um contributo importante para essa Europa mais forte, mostrando-se "muito feliz" pelo tratado de amizade que assinou com o seu "amigo primeiro-ministro" português, Luís Montenegro.

"Devemos absolutamente fazer escolhas muito profundas para ter uma Europa que seja mais unida e mais forte em matéria tecnológica, industrial e em matéria de defesa", sublinhou, acrescentando que o tratado assinado com Portugal também honrará esse compromisso.

Ao lado do presidente do parlamento português, José Pedro Aguiar-Branco, num plenário do parlamento aberto apenas para a visita, Emmanuel Macron lembrou a importância da visita de Estado de um Presidente francês a Portugal 26 anos depois da última, realizada por Jacques Chirac em 04 de fevereiro de 1999.

"Eestou muito feliz por esta visita de Estado neste momento que atravessa a Europa e o mundo, quando há muitas incertezas e às vezes as alianças muito antigas são questionadas. Vinte e seis anos depois da última visita de Estado de um Presidente francês, a minha presença hoje diz que as verdadeiras amizades se mantêm", salientou.

O chefe de Estado francês reiterou que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deverá deslocar-se a Washington na sexta-feira para se encontrar com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "se tudo correr bem", considerando que será um encontro importante para explicar o que se passa no seu país, invadido pela Rússia há três anos.

"A Ucrânia é, para nós, um combate importante, é um combate pelo direito internacional, pela soberania, e depois é um combate pela segurança dos europeus", decclarou.

Macron assinalou ainda "a importância que a ligação trasnatlântica pode ter" não só para os europeus, mas também para os americanos, reiterando que disse isso mesmo a Donald Trump no encontro que manteve com ele na Casa Branca na segunda-feira.

Leia Também: Montenegro felicita Macron pelo trabalho para que haja paz "na Ucrânia"

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