O Papa Francisco está a ter uma "boa resposta" ao tratamento para a pneumonia bilateral, pelo que o seu prognóstico já não é reservado.
"As melhorias registadas nos últimos dias consolidaram-se ainda mais, como confirmam os exames de sangue, a objetividade clínica e a boa resposta à terapia medicamentosa. Por estes motivos, os médicos decidiram no dia de hoje retirar o prognóstico reservado", indicou o serviço de imprensa do Vaticano, no boletim clínico do Papa, internado desde dia 14 de fevereiro.
No entanto, acrescentou a Santa Sé, "tendo em conta a complexidade do quadro clínico e o importante quadro infeccioso apresentado na admissão, será necessário continuar a tratamento médico farmacológico em ambiente hospitalar por mais alguns dias".
O boletim clínico referiu ainda que "a condição clínica do Santo Padre continua estável".
"Na manhã de hoje, o Santo Padre pôde acompanhar os exercícios espirituais em conexão com a Sala Paulo VI, depois recebeu a eucaristia e foi à capela do seu apartamento particular para um momento de oração. À tarde participou novamente nos exercícios espirituais da Cúria, acompanhando-os por vídeo. Durante o dia, alternou oração e descanso", indicou o Vaticano.
No domingo, o cardeal Michael Czerny leu, em nome do Papa, a homilia para a missa do Jubileu dos Voluntários, celebrada na Praça de São Pedro, no Vaticano, na qual o chefe da Igreja Católica lamentou que o mundo "esteja nas mãos de potências malignas" que "esmagam" a humanidade com os seus interesses e guerras.
O Jubileu dos Voluntários, o quinto grande evento deste Ano Santo, reuniu no Vaticano 25.000 peregrinos, incluindo trabalhadores humanitários e membros da Proteção Civil de todo o mundo.
No primeiro domingo da Quaresma, o Papa refletiu sobre a tentação do demónio sobre Jesus durante o seu retiro no deserto, recordando a condição de "pecadores" de todos.
"Nós, perante a tentação, caímos por vezes; somos todos pecadores. Mas a derrota não é definitiva, porque Deus levanta-nos de cada queda com o seu perdão, infinitamente grande no amor. A nossa prova, portanto, não termina no fracasso", disse.
Esta manhã, a sala de imprensa do Vaticano já tinha dado conta de que o Papa tinha passado uma noite "tranquila" e estava "a descansar".
Aos 88 anos, Francisco foi internado a 14 de fevereiro, no hospital Gemelli, em Roma, devido a uma bronquite. Depois, foi diagnosticado com pneumonia nos dois pulmões.
Este é o quarto e mais longo internamento desde o início do pontificado, em 2013. De facto, o Papa tem vindo a ficar enfraquecido devido a uma série de problemas, desde operações ao cólon e abdómen até dificuldades locomotoras.
[Notícia atualizada às 19h24]
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