EUA querem Europa envolvida em possível acordo de paz com a Rússia

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, defendeu hoje que a Europa se deve envolver num possível acordo de paz na Ucrânia, sublinhando que a Rússia deve responder à proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos.

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© EVELYN HOCKSTEIN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
12/03/2025 14:13 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Penso que têm necessariamente de se envolver" no processo de paz na Ucrânia, declarou Rubio, referindo-se aos seus parceiros europeus.

 

Ao mesmo tempo, o secretário de Estado norte-americano que reconheceu que a Rússia vai exigir, em troca, o levantamento das sanções impostas pela Europa desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro em 2022.

"Acredito que a questão das sanções europeias estará em cima da mesa, sem mencionar aquilo que deverá acontecer aos ativos (russos) congelados", disse.

Rubio falou aos jornalistas no aeroporto de Shannon, no oeste da Irlanda, durante uma escala na sua viagem de regresso aos Estados Unidos, após participar nas conversações de paz com a delegação ucraniana na Arábia Saudita.

Durante as conversações com enviados norte-americanos na terça-feira, em Riade, uma delegação ucraniana concordou com um cessar-fogo abrangente imediato e extensível de 30 dias em terra, mar e ar.

O secretário de Estado norte-americano disse aos meios de comunicação que espera hoje contactos com Moscovo sobre a proposta de cessar-fogo, embora tenha reconhecido que a resposta russa é incerta.

"Todos aguardamos ansiosamente a resposta russa e instamo-los vivamente a considerar o fim de todas as hostilidades", disse Rubio.

"Se disserem que não", alertou o político norte-americano, "teremos obviamente de analisar tudo e, de alguma forma, determinar a nossa posição no mundo e quais são as suas verdadeiras intenções. Penso que se disserem que não, isso dir-nos-á muito sobre os seus objetivos e a sua mentalidade".

Segundo Rubio, este hipotético cessar-fogo, sobre a qual o Presidente russo, Vladimir Putin, deve agora decidir se aceita, pode ser monitorado para garantir o seu cumprimento.

O secretário de Estado norte-americano afirmou ainda que um acordo sobre os minerais daria aos Estados Unidos um "interesse direto" em proteger a Ucrânia, mas não chegou ao ponto de prometer garantias formais de segurança.

"Não apresentaria isto como uma garantia de segurança, mas certamente, se os Estados Unidos têm um interesse económico que gere receitas para o nosso povo, bem como para o povo ucraniano, teríamos interesse em protegê-lo", disse Rubio aos jornalistas.

Os dois lados concordaram em assinar um acordo de minerais o mais rapidamente possível, dando aos Estados Unidos acesso aos recursos naturais da Ucrânia.

O acordo não foi assinado após uma reunião acesa na Casa Branca, em 28 de fevereiro, entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, o seu Vice-Presidente J.D. Vance e o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Leia Também: Se Rússia rejeitar trégua? EUA garantiram "medidas fortes", diz Zelensky

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