Musk, à frente do novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, no acrónimo inglês), tem agitado o governo federal ao reduzir o pessoal e os orçamentos de dezenas de agências.
Nesse sentido, segundo um comunicado da NSA, Musk reuniu-se com o general Timothy Haugh, que dirige a agência, bem como com o Comando Cibernético dos EUA, que coordena o trabalho de segurança cibernética do Pentágono, para assegurar que as duas instituições estejam "alinhadas" com as prioridades do novo governo.
A reunião com Haugh foi relatada pela primeira vez pelo The Wall Street Journal.
Os serviços de espionagem norte-americanos escaparam em grande parte aos cortes profundos, como os da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAid) e do Departamento de Educação, mas anúncios recentes sugerem que tal pode estar prestes a mudar.
Tal como a CIA (Agência Central de Inteligência), a NSA ofereceu propostas de compra a alguns funcionários. A CIA disse no início deste mês que começou a rever o emprego de funcionários recentemente contratados e planeia despedir um número desconhecido deles.
As agências de espionagem norte-americanas têm desempenhado um papel fundamental na ajuda à Ucrânia para Kiev se defender da Rússia, fornecendo informações.
Nesse sentido, os serviços secretos também alertavam a Ucrânia para a possibilidade de ataques russos, bem como informações sobre alvos para a ajudar a atacar os invasores russos.
Sob a presidência de Donald Trump, a CIA e outras agências restringiram temporariamente o fluxo de informações para a Ucrânia, mas esta semana as autoridades anunciaram que a partilha foi retomada após o apoio da Ucrânia a um cessar-fogo de 30 dias.
Haugh lidera a NSA e o Comando Cibernético desde 2023. Ambos os departamentos desempenham papéis de liderança na segurança cibernética do país.
A NSA também apoia as forças armadas e outras agências de segurança nacional, recolhendo e analisando uma vasta quantidade de dados e informações a nível mundial.
O Comando Cibernético é conhecido como a primeira linha de defesa dos Estados Unidos no ciberespaço e também planeia ciber-operações ofensivas para potencial utilização contra adversários.
O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, ordenou recentemente que o gabinete fizesse uma pausa em algumas ciber-operações ofensivas contra a Rússia, noutro sinal de como a administração de Trump está a transformar o trabalho da comunidade de informações do país.
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