Os incêndios florestais na Correia do Sul agravaram-se na madrugada desta terça-feira, devido ao tempo seco e ventoso, que dificulta os esforços dos bombeiros para conter os maiores fogos de sempre no país.
Só no fim de semana deflagraram mais de uma dúzia de incêndios, com o ministro do Interior e da Segurança do país a informar que arderam milhares de hectares e morreram quatro pessoas.
“Até agora, os incêndios florestais afetaram cerca de 14.694 hectares e os danos continuam a aumentar”, revelou o ministro sul-coreano Ko Ki-dong, citado pela AFP.
A extensão dos danos já faz com que estes fogos sejam os terceiros maiores da história da Coreia do Sul. O maior, até agora, foi um incêndio em abril de 2020, que queimou 23.913 hectares na costa oriental.
Segundo Ko Ki-dong, mais de três mil pessoas foram retiradas de casa e levadas para abrigos e 11 ficaram gravemente feridas.
“Ventos fortes, tempo seco e neblina estão a dificultar os esforços de combate aos incêndios. O governo está a mobilizar todos os recursos disponíveis”, explicou o ministro do Interior e da Segurança durante uma reunião sobre a catástrofe.
Esta terça-feira, o governo da Coreia do Sul vai destacar “110 helicópteros e mais de 6.700 pessoas” para o combate.
Em Uiseong, onde o céu estava coberto de fumo e neblina esta manhã, os trabalhadores de um templo local estão a tentar retirar os artefactos históricos e a cobrir as estátuas budistas, para as proteger de possíveis danos.
Nesta zona, de acordo com o Serviço Florestal da Coreia do Sul, a taxa de contenção do incêndio diminuiu de 60% para 55% esta manhã.
Mais de 6.700 bombeiros foram destacados para combater estes incêndios florestais. Quase dois quintos dos efetivos foram enviados para Uiseong. governo declarou estado de emergência em quatro regiões, invocando “os danos consideráveis causados por incêndios florestais simultâneos em todo o país”.
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