Na quarta-feira, Donald Trump anunciou na quarta-feira tarifas adicionais de 25% sobre os automóveis fabricados fora dos Estados Unidos, provocando a queda das empresas do setor nas bolsas europeias.
"Deve ficar claro que não nos curvaremos perante os Estados Unidos", afirmou o ministro da Economia e vice-chanceler Robert Habeck em comunicado.
A ser aplicada a nova tarifa, o setor automóvel alemão deve ser seriamente afetado.
Até ao momento, o Reino Unido não tenciona impor, para já, tarifas de retaliação aos Estados Unidos, na sequência da implementação de um novo imposto de 25% sobre as importações de automóveis anunciado pelo Presidente norte-americano.
"Neste momento, não estamos numa posição em que queiramos fazer algo que provoque um agravamento destas guerras comerciais", disse Rachel Reeves, ministra das Finanças britânica à estação Sky News sobre as tarifas que entram em vigor no dia 02 de abril.
O organismo Society of Motor Manufacturers and Traders indica que os Estados Unidos são o segundo maior mercado de exportação, a seguir à União Europeia para os automóveis fabricados no Reino Unido.
Paralelamente, o chefe de Estado norte-americano ameaçou a União Europeia e o Canadá com direitos aduaneiros adicionais caso se verifique uma resposta coordenada que possa afetar os Estados Unidos.
Hoje de manhã, nas bolsas europeias, os construtores automóveis e os fabricantes de peças estavam em baixa.
Por volta das 08:30, na Bolsa de Frankfurt, que inclui muitas empresas do setor automóvel, a BMW caía 4,41%, a Mercedes 5,38%, a Porsche 4,76%, a Volkswagen 3,65% e a Continental 2,76%.
Na Bolsa de Paris, a Stellantis caiu 5,16%, a Valeo 6,41% e a Forvia 5,96%.
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