Rebeldes do Iémen reivindicam ataque a Israel e a navio de guerra dos EUA

Os rebeldes hutis do Iémen reivindicaram hoje ataques contra o aeroporto israelita de Ben Gurion e um navio de guerra norte-americano, após Israel ter anunciado a interceção de mísseis lançados a partir do país da Península Arábica.

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© KHALED ZIAD/AFP via Getty Images

Lusa
27/03/2025 14:15 ‧ há 3 dias por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Os hutis visaram "o aeroporto Ben Gurion", situado a 15 quilómetros a sudeste de Telavive, "com um míssil balístico", afirmou o porta-voz militar dos rebeldes iemenitas, Yahya Saree.

 

O porta-voz iemenita acrescentou que os rebeldes visaram ainda "navios de guerra hostis no Mar Vermelho, incluindo o porta-aviões norte-americano [Harry S.] Truman", em resposta aos ataques no Iémen, atribuídos aos Estados Unidos.

O exército israelita já havia anunciado ter intercetado dois mísseis disparados a partir do Iémen antes de entrarem em território israelita.

Os rebeldes iemenitas informaram ainda que duas pessoas foram mortas e duas outras ficaram feridas no que afirmaram ser uma série de ataques liderados pelos Estados Unidos (EUA), que visaram os arredores da capital iemenita, Sanaa, durante a noite.

Na madrugada de hoje, o canal televisivo a al-Massirah noticiou também novos ataques em Saada, o bastião dos hutis no norte do país.

Os rebeldes hutis do Iémen anunciaram na quarta-feira novos bombardeamentos que atribuem aos Estados Unidos, tendo como alvo a capital, depois de terem relatado anteriormente quase duas dezenas de ataques contra os seus bastiões no norte do país, no mesmo dia.

Em 15 de março, os Estados Unidos lançaram ataques intensos contra alvos dos rebeldes iemenitas apoiados pelo Irão, alertando que iriam usar "uma força esmagadora" se os hutis continuassem a ameaçar navios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden.

Os Estados Unidos alegaram ter eliminado vários altos dirigentes dos hutis nessa série de ataques, tendo os rebeldes registado 53 mortes, incluindo mulheres e crianças.

Desde então, os rebeldes xiitas, que controlam grandes áreas do país devastado pela guerra, incluindo a capital, têm relatado regularmente ataques norte-americanos contra os seus bastiões.

Os Estados Unidos não confirmaram os bombardeamentos de quarta-feira, mas um responsável do Pentágono disse à agência France Presse (AFP) que os militares norte-americanos "estão a conduzir ataques, de dia e de noite, contra vários locais dos hutis apoiados pelo Irão no Iémen".

Após os raides aéreos ocorridos em meados de março, o grupo armado reivindicou vários ataques ao porta-aviões norte-americano Harry S. Truman, na costa do Iémen.

Os Estados Unidos argumentam que querem neutralizar as ameaças dos rebeldes iemenitas no Mar Vermelho, uma zona marítima essencial para o comércio global.

Os hutis afirmam que os seus ataques contra os navios ligados a Israel e ao seu território são movidos pela solidariedade com o grupo extremista palestiniano Hamas, em guerra com as forças israelitas na Faixa de Gaza há mais de um ano.

Os ataques dos Estados Unidos no Iémen acontecem também em plena controversa relacionada com a revelação de uma conversa confidencial de altos responsáveis de Washington sobre as suas operações militares contra os hutis, na plataforma de mensagens Signal, que foi partilhada por equívoco com um jornalista da revista The Atlantic.

Leia Também: hutis anunciam novos bombardeamentos norte-americanos no Iémen

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