Gronelândia apresenta novo governo alargado no dia da visita de JD Vance

O liberal Jens-Frederik Nielsen apresentará na sexta-feira um governo amplo que reúne quatro dos cinco partidos com representação parlamentar e todos os independentes moderados da Gronelândia, segundo a imprensa do território autónomo dinamarquês, alvo do interesse norte-americano.

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© Joe Raedle/Getty Images<br> <br>

Lusa
27/03/2025 19:43 ‧ há 3 dias por Lusa

Mundo

Gronelândia

Tanto a televisão pública KNR como o jornal digital Sermitsiaq, os dois únicos meios de comunicação social desta ilha ártica, anunciaram que Nielsen e os líderes dos outros três partidos - o socialista IA, o social-democrata Siumut e o liberal Attassut - apresentarão o novo governo em Nuuk, a capital da Gronelândia.

 

A apresentação do novo executivo, que reunirá 23 dos 31 lugares do parlamento, coincidirá com uma visita à ilha do vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, que se deslocará com a sua mulher à base norte-americana de Pituffik, situada no noroeste da ilha, 1.500 quilómetros a norte de Nuuk.

O vice-presidente dos EUA será acompanhado pela sua mulher, Usha Vance, que tinha previsto deslocar-se a Nuuk e assistir a uma popular corrida de trenós puxados por cães, o que foi entretanto cancelado.

A visita dos Vance gerou polémica com as autoridades dinamarquesas e gronelandesas, embora a alteração do programa tenha acalmado os ânimos.

Nielsen, cujo partido (Demokraatit) venceu as eleições legislativas do passado dia 11 com quase 30% dos votos, insistiu na necessidade de formar um governo o mais alargado possível e qualificou de "desrespeitosas" as palavras do Presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o seu desejo de conquistar a Gronelândia, invocando razões de segurança internacional.

Recentemente, o futuro chefe do Governo da Gronelândia liderou uma manifestação em Nuuk contra as tentativas de Trump, que reuniu centenas de pessoas e terminou em frente ao consulado dos EUA.

O único partido que ficará de fora do executivo é o Naleraq, a segunda força nas eleições, com 24,5%, que defende a rápida independência da Gronelândia.

Embora o Naleraq também tenha assinado, há duas semanas, um manifesto com os restantes partidos, classificando as palavras de Trump como "inaceitáveis" e apelando ao respeito pelo Direito internacional, nos últimos dias distanciou-se dos restantes, depois de ter sido confirmado que abandonava as negociações governamentais.

O seu líder, Pele Broberg, criticou esta semana Nielsen e o Presidente em exercício, o socialista Múte B. Egede, por terem participado na manifestação e acusou-os de pintarem os EUA como o "inimigo".

Leia Também: Putin leva a sério planos de Trump para a Gronelândia e alerta para conflitos

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