Lai, considerado um "independentista" e um "agitador" pelas autoridades de Pequim, garantiu num evento realizado na cidade de Kaohsiung, no sul do território, que as capacidades de patrulha marítima de Taiwan atingirão "um novo nível" com a entrada em serviço deste navio, prevista para 2026.
Explicou que o navio utiliza um sistema de propulsão híbrido que lhe permite contornar o perímetro de Taiwan 30 vezes por viagem, "melhorando significativamente a sua autonomia e alargando o âmbito das suas missões em alto mar", segundo declarações do Gabinete Presidencial.
O navio também será capaz de se adaptar a diferentes missões, transportar grandes quantidades de suprimentos de resgate, embarcações multifuncionais, barcos de assalto especiais ou veículos aéreos não tripulados ("drones"), disse Lai.
"Isto não só permite patrulhas oceânicas, mas também o abastecimento de ilhas remotas, reforçando grandemente a capacidade de aplicação da lei das pescas e missões humanitárias marítimas", afirmou o líder taiwanês, que sublinhou a importância de construir uma "defesa nacional autónoma, com produção local e fabrico independente".
Em 2022, Taiwan atribuiu um orçamento de 12,9 mil milhões de dólares taiwaneses (360 milhões de euros) para a construção de seis navios de patrulha oceânica ao longo de dez anos para combater a pesca ilegal em torno da ilha.
No entanto, a construção destes navios, com cerca de 124 metros de comprimento e 16,5 metros de largura, destina-se também a enviar uma mensagem à China e, mais especificamente, à sua Guarda Costeira, que aumentou as suas atividades em torno de Taiwan no último ano.
Leia Também: Taiwan diz que fornecimento de alimentos está planeado para uma invasão