Agência da ONU para ajuda alimentar corta 40% do financiamento para 2025

O Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU anunciou hoje uma diminuição de 40% no seu financiamento para 2025, alertando para uma "crise sem precedentes", já que 58 milhões de pessoas correm o risco de perder ajuda vital.

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Lusa
28/03/2025 12:09 ‧ há 3 dias por Lusa

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"A organização enfrenta atualmente uma queda alarmante de 40% no financiamento para 2025 em comparação com o ano passado. A gravidade destes cortes, combinada com números recorde de pessoas necessitadas, leva a uma crise sem precedentes para dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo", explicou a organização, em comunicado.

 

"O PAM dá prioridade aos países com maiores necessidades. Embora façamos tudo o que podemos para reduzir os custos operacionais, não podemos ignorar: estamos perante um abismo financeiro com consequências potencialmente fatais", afirmou a responsável do PAM para as parcerias e inovação, Rania Dagash-Kamara, citada no comunicado de imprensa.

De acordo com as estimativas do PAM, "58 milhões de pessoas correm o risco de perder assistência vital nas 28 operações mais críticas da agência devido a financiamento insuficiente".

O PAM já tinha avisado na quinta-feira que tinha apenas duas semanas de ajuda alimentar restante em Gaza e que a fome estava novamente a ameaçar a região, depois da retoma das operações militares israelitas em território palestiniano.

Os anúncios de cortes na ajuda internacional têm-se multiplicado nos últimos meses, gerando preocupações entre as organizações internacionais e de ajuda humanitária.

A administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, eliminou 83% dos programas da agência de desenvolvimento norte-americana USAID, - ou seja, "dezenas de milhões de dólares", que, até agora, geria um orçamento anual de 42,8 mil milhões de dólares (cerca de 40 mil milhões de euros), o que representava 42% da ajuda humanitária desembolsada em todo o mundo.

O Reino Unido, a França e a Alemanha também cortaram os respetivos orçamentos de ajuda internacional, tal como os países escandinavos.

Leia Também: Representante da ONU na RDCongo agradece mediação angolana

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