Assistência em Myanmar afetada por grave escassez de material médico

Uma grave escassez de material médico está a afetar a assistência prestada em Myanmar após o forte terramoto de sexta-feira, alertou hoje a ONU, sublinhando que as vítimas necessitam urgentemente de ajuda humanitária.

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Lusa
29/03/2025 17:23 ‧ há 2 dias por Lusa

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Sismo

A escassez inclui "kits de trauma", sacos de sangue, produtos anestésicos, certos medicamentos essenciais e tendas para as equipas de salvamento, afirmou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) num relatório sobre a situação.

 

"O terramoto atingiu a Birmânia, que já tinha visto a sua situação humanitária vacilar anteriormente devido a conflitos persistentes e a catástrofes naturais recorrentes", afirmou o coordenador humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) para Myanmar (antiga Birmânia), Marcoluigi Corsi, num comunicado.

A junta militar birmanesa, que detém o poder desde o golpe de Estado de 2021, calculou hoje as vítimas do terramoto que atingiu o centro-norte da Birmânia na sexta-feira em 1.644 mortos, 3.408 feridos e 139 desaparecidos, segundo informação divulgada através do canal oficial de rádio e televisão (MRTV).

O abalo, de magnitude 7,7, foi registado às 12:50 locais (06:20 em Lisboa) de sexta-feira na região de Sagaing, a 10 quilómetros de profundidade, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), com o epicentro entre as cidades de Sagaing e Mandalay (a segunda maior cidade de Myamnar).

"A ONU e os seus parceiros estão a mobilizar recursos e apoio urgente para ajudar todas as comunidades afetadas, onde quer que se encontrem", acrescentou Corsi.

A ONU aprovou na sexta-feira cinco milhões de dólares (4,6 milhões de euros) para apoiar o trabalho humanitário na Birmânia e apelou a donativos.

O Fundo de Resposta de Emergência da ONU mobilizará este dinheiro, como habitualmente, através das várias agências da ONU que operam na Birmânia, onde a organização multilateral estima que cerca de 20 milhões de pessoas, um terço da população, têm necessidades básicas não satisfeitas, uma situação agravada após o terramoto.

O exército birmanês declarou o estado de emergência em seis zonas: Sagaing, Mandalay, Magway, Shan, Naipidau (onde se situa a capital com o mesmo nome) e Bago, onde há um conflito ativo entre o exército e as guerrilhas rebeldes étnicas e pró-democracia.

Leia Também: Apesar do sismo, forças militares de Myanmar continuam ataques em Sagaing

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