Um agricultor irlandês que trocou, há dez anos, o trabalho que tinha num escritório pela agricultura dedica-se, atualmente, a fazer terapia com alpacas em lares de idosos e escolas, com crianças e outras pessoas com necessidades especiais.
"Eles sentem-nas. Olham para os seus grandes e enormes olhos castanhos, que são tão relaxantes, e podem ouvi-los a cantarolar. Trabalhamos com escolas locais, com as suas turmas de necessidades especiais, e os professores dizem-nos que o impacto nas crianças é realmente positivo", explicou Joe Phelan, de 64 anos, à agência Reuters.
Quando deixou o emprego num escritório, o homem agora conhecido como Joe Alpaca tentou prosperar entre os tipos mais tradicionais de agricultura, em que a família esteve envolvida durante centenas de anos, mas esses negócios não resultaram e acabou por abraçar esta opção alternativa. Comprou sete alpacas e vendeu a casa que tinha para comprar uma quinta.
Começou por organizar passeios e abrir uma loja de meias e brinquedos, feitos com a lã das alpacas, mas rapidamente percebeu o potencial dos animais para aliviar a ansiedade dos mais velhos e das pessoas com necessidades especiais. Hoje tem 71 alpacas e dá emprego a 11 pessoas.
"Reparámos que estávamos a ter um impacto muito positivo nas pessoas com necessidades especiais, quer se tratassem de crianças com autismo, quer de adultos ou adolescentes com Síndrome de Down. Descobrimos que isso levantava o espírito de todos", contou o agricultou na quinta K2Alpacas, em Newtown Mount Kennedy, que fica a cerca de 30 quilómetros a sul de Dublin.
O agricultou contou também que sabe quais são os animais mais sociáveis e preparados para a terapia.
"Sabemos que temos certos ‘rapazes’ e ‘raparigas’ que são adequados para o trabalho terapêutico", acrescentou o irlandês.
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