Exército do Sudão promete lutar até paramilitares serem derrotados

O chefe do exército sudanês, general Abdel Fattah al-Burhane, prometeu este sábado à noite que as suas forças lutarão até à vitória sobre os paramilitares, e disse que a guerra só terminará quando estes depuserem as armas.

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Lusa
29/03/2025 21:23 ‧ há 2 dias por Lusa

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Este anúncio surge depois de o exército, que está envolvido numa guerra destruidora com as forças paramilitares de apoio rápido (RSF) há quase dois anos, ter afirmado na quarta-feira que tinha recuperado o controlo total de Cartum.

 

No seu primeiro discurso televisivo desde quinta-feira, o general Burhane declarou hoje que a guerra só poderia terminar "se esta milícia depusesse as armas".

O general excluiu igualmente qualquer negociação com as RSF, afirmando que a vitória só estará completa quando "o último rebelde tiver sido eliminado".

Na quarta-feira à noite, Abdel Fattah al-Burhane declarou Cartum "libertada" a partir do palácio presidencial, onde chegou no final de uma ofensiva lançada pelas suas tropas para reconquistar a capital às RSF.

No dia seguinte, o porta-voz do exército declarou que tinha conseguido "limpar (...) as últimas bolsas [de resistência] das milícias terroristas" em Cartum.

Os paramilitares responderam que continuariam a "defender o solo da pátria" e avisaram que "não haveria retirada nem rendição".

Na quarta-feira, algumas horas após a chegada do general Burhane ao palácio presidencial, o grupo armado RSF anunciou uma "aliança militar" com um grupo rebelde que controla as principais zonas fronteiriças com o Sudão do Sul e a Etiópia.

Segundo a ONU, a guerra, que começou a 15 de abril de 2023, já causou dezenas de milhares de mortos, desalojou mais de 12 milhões de pessoas e provocou uma grave crise humanitária.

Além disso, dividiu o país, o terceiro maior de África, em dois: o exército controla o norte e o leste, enquanto as RSF dominam uma parte do sul e a quase totalidade da vasta região do Darfur, a oeste, na fronteira com o Chade.

Tanto as RSF como o exército foram acusados de atrocidades e os seus dirigentes estão sujeitos a sanções americanas. Em janeiro de 2025, Washington acusou formalmente as RSF de "genocídio".

Durante a frágil transição política que se seguiu à queda do presidente Omar al-Bashir, em 2019, os generais Burhane e Daglo forjaram uma aliança de conveniência para expulsar figuras civis do governo, antes que uma forte luta pelo poder os colocasse um contra o outro e terminasse em guerra aberta.

Leia Também: Sudão do Sul. União Africana e ONU coordenam esforços para resolver crise

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