"Lembrar-nos-emos sempre dele", disse o líder da Igreja Ortodoxa numa mensagem sobre a morte de Francisco em que expressou gratidão pelo que chamou de posição firme do Papa em favor do diálogo e da unidade das Igrejas.
"Que a tua memória seja eterna, irmão Papa Francisco", afirmou Bartolomeu I na mensagem, segundo o diário grego Kathimerini.
O patriarca afirmou que Francisco deixa atrás de si um exemplo de humildade e amor fraterno e que era um amigo da Igreja Ortodoxa.
Bartolomeu I referiu-se em particular ao seu encontro com Francisco em Jerusalém, em 2014, durante a Semana Santa, em que ambos discutiram uma celebração comum da Páscoa e a unidade das duas Igrejas.
No passado mês de novembro, o Papa Francisco comunicou a Bartolomeu I o seu desejo de celebrar em conjunto, este ano, o 1700º aniversário do Concílio Cristão de Niceia, convocado em 325 na antiga Constantinopla (hoje Turquia), pelo imperador Constantino I, para aproximar os cristãos.
O patriarca, que tem 85 anos, disse que o Papa lhe tinha dito que esperava que os dois tivessem saúde suficiente para poderem realizar o encontro e que, caso contrário, confiava que os seus "sucessores" o pudessem fazer.
O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
Portugal decretou três dias de luto nacional.
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