Presidente chinês promete defender interesses territoriais
O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a China, cujos diferendos marítimos a opõem a vários países vizinhos, vai defender a sua soberania territorial, num discurso reproduzido hoje pela agência oficial Xinhua.
© Lusa
Mundo Território
"Nós devemos defender com firmeza a soberania territorial, os direitos e os interesses marítimos e a unidade nacional da China", declarou.
Xi Jinping falava durante uma reunião do Partido Comunista Chinês (PCC) dedicada à política externa, que decorreu na sexta-feira e no sábado, cujos excertos do discurso foram publicados hoje pela Xinhua.
O Presidente chinês também assegurou que Pequim procura o "desenvolvimento pacífico", opondo-se ao "uso deliberado da força ou à sua ameaça".
As relações com o Japão tornaram-se mais tensas sobretudo desde a decisão de Tóquio de 'nacionalizar', no outono de 2012, três dos ilhotes das ilhas Senkaku, administradas, de facto, pelo Japão, mas cuja soberania é reivindicada por Pequim, que as designa de Diaoyu.
Em causa, um pequeno e desabitado arquipélago do Mar da China Oriental, estrategicamente localizado e potencialmente rico em recursos naturais.
Pequim mantém ainda outras disputas territoriais com vários países do sudeste asiático no Mar do Sul da China relacionadas com o arquipélago das ilhas Spratly, que se crê rico em petróleo, o qual é reclamado, no todo ou em parte, por Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietname.
O Presidente chinês declarou que o seu país vai "gerir, de forma adequada, as suas disputas territoriais e insulares", mas sem as nomear.
Os líderes dos Estados Unidos, da Austrália e do Japão têm vindo a apelar à resolução pacífica dos conflitos marítimos, com o Presidente norte-americano, Barack Obama, a advertir para os potenciais riscos de um agravamento desses diferendos para a Ásia.
O chefe de Estado chinês não fez qualquer referência direta aos Estados Unidos, segundo os excertos divulgados pela Xinhua, mas afirmou que Pequim deve "gerir bem" as relações com outros países.
"Devemos reconhecer plenamente a incerteza no ambiente circundante da China, mas devemos também perceber que a tendência geral de prosperidade e estabilidade na região da Ásia-Pacífico não vai alterar-se", sustentou Xi Jinping.
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