Reforma fiscal na saúde não beneficia utentes chineses
As medidas fiscais para reformas na área da saúde têm reforçado as contas dos hospitais e empresas, mas não fizeram muito para melhorar o sistema de saúde da China, criticam especialistas citados pela agência Xinhua.
© Reuters
Mundo Académico
Desde que começaram a avançar as medidas de restruturação, em 2009, que os gastos com a saúde no país aumentaram 20% ao ano, segundo a agência de notícias oficial chinesa.
O Governo Central planeia outro aumento de financiamento do setor para 2015, desta vez sob a forma de vales de 360 yuan (47 euros) disponibilizados à população, tanto das zonas urbanas como rurais.
No entanto, apesar destas injeções financeiras, as necessidades médicas de muitos cidadãos estão ainda longe de serem atendidas, de acordo com um relatório sobre a reforma na saúde divulgado hoje pela Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS, na sigla inglesa) e pela Imprensa Académica de Ciências Sociais.
"É por isso que o público continua a queixar-se do custo dos cuidados de saúde", disse Wen Xueguo, da CASS.
"A maioria da despesa fiscal foi desperdiçada, indo parar aos hospitais e empresas farmacêuticas", afirmou Wen, acrescentando que os rendimentos dos médicos e farmacêuticos aumentaram significativamente mas a qualidade dos serviços não melhorou.
Segundo o especialista, continua a existir uma dependência dos hospitais em relação às vendas de medicamentos, sendo essencial rever o seu aumento de preço.
O relatório sugere que o Governo permita aos hospitais negociarem os preços quando adquirem os medicamentos e abolirem qualquer controlo sob o seu custo de modo a permitir que este desça, impedindo subornos comerciais.
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