Polícia chinesa matou seis pessoas que ameaçavam detonar explosivos
A polícia chinesa de Xinjiang, região de maioria muçulmana do noroeste da China, matou hoje a tiro seis pessoas que ameaçavam detonar explosivos, noticiaram 'media' estatais.
© Reuters
Mundo Xinjiang
Segundo a agência Xinhua, o primeiro suspeito foi denunciado por residentes numa zona do sul da província autónoma onde se concentra grande parte da minoria uigur (cerca de nove milhões de pessoas). Com a chegada da polícia, o suspeito atacou os agentes com um machado e ameaçou detonar uma bomba.
O relato da agência indica que o suspeito foi morto a tiro e, em seguida, cinco outras pessoas ameaçar detonar explosivos que traziam no corpo, sendo igualmente abatidas a tiro no mesmo local.
O incidente não fez vítimas entre as forças policiais ou a população civil, escreveu a Xinhua.
A violência em Xinjiang fez cerca de 200 mortos em 2014.
A China responsabiliza as forças separatistas do movimento do Turquestão Oriental, que acusa de pretenderem criar um estado independente na zona mais ocidental do país.
Associações uigures no estrangeiro negam a existência de grupos terroristas na província e atribuem a violência em Xinjiang à discriminação da minoria uigur, com centenas de pessoas condenadas à morte no ano passado.
Situado a mais de dois quilómetros de Pequim, Xinjiang é um território quase 17 vezes maior que Portugal e com apenas 23,5 milhões de habitantes, muito rico em recursos minerais, que confina com o Afeganistão, Paquistão e várias ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central.
Os uigures, etnia de religião muçulmana e cultura turcófona, constituem 46% da população, quando há cerca de meio-século ultrapassavam os dois terços. Milhares de famílias han, a principal etnia da China, radicaram-se em Xinjiang, e hoje constituem cerca de 40% da sua população. Na capital, Urumqi, ultrapassaram mesmo os uigures.
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