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Marcha em Dakar contra caricaturas de Maomé

Cerca de 1.500 pessoas, entre as quais o primeiro-ministro senegalês, Mahammed Boun Abdallah Dionne, marcharam hoje em Dakar contra as caricaturas do profeta Maomé no jornal Charlie Hebdo, segundo relatos de jornalistas da AFP.

Marcha em Dakar contra caricaturas de Maomé
Notícias ao Minuto

20:47 - 24/01/15 por Lusa

Mundo Charlie Hebdo

O evento, no decorrer do qual foi queimada uma bandeira francesa, tinha como lema "eu sou nigeriano, eu sou africano", como denúncia do silêncio dos dirigentes africanos e do mundo sobre os massacres no continente, em oposição à reação aos atentados em Paris.

Na marcha participaram numerosos elementos do Governo, representantes da sociedade civil, deputados e autoridades tradicionais e religiosas e cidadãos.

"Eu não sou Charlie. Eu sou muçulmano", "A liberdade de expressão não é liberdade de insultar", "Não toque no meu profeta" eram algumas das frases que se podiam ler nos cartazes que os participantes na marcha brandiam.

"O islão é uma religião de paz", declarou o serigne de Dakar, Abdoulaye Mactar Diop, que acusou as autoridades francesas de "encorajar a publicação do último número do jornal Charlie Hebdo para se rirem".

O Senegal interditou a difusão da edição de 14 de janeiro do jornal satírico, a primeira após o massacre no jornal e que apresentava uma caricatura do profeta Maomé.

"Charlie respondeu com a provocação, nós respondemos com a paz. Charlie tem cúmplices que é preciso denunciar. É preciso que a França pare", declarou Sambou Biagui, representante da Plataforma Africana para o Desenvolvimento e os Direitos Humanos.

Também hoje milhares de manifestantes protestaram na Cisjordânia e na Turquia contra a publicação de uma nova caricatura do profeta Maomé pelo jornal francês Charlie Hebdo.

As manifestações palestinianas decorreram em Hébron e em Ramallah, na Cisjordânia, convocadas por um movimento islamita, o Partido da Libertação, e os manifestantes, alguns com faixas negras a apelar à instauração do "califado", gritaram slogans de apoio à fé muçulmana e contra a França, constataram jornalistas da AFP.

Cerca de 70 mil curdos da Turquia também se manifestaram pelo mesmo motivo em Diyarbakir, no sudeste do país, com palavras de ordem contra a publicação e os que "insultam" o profeta.

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