Tailândia vai vigiar EUA devido a contactos com a oposição
As autoridades tailandesas vão vigiar os diplomatas dos Estados Unidos depois de vários representantes da embaixada norte-americana terem contactado com um líder da oposição, noticia hoje a imprensa local.
© Reuters
Mundo Diplomatas
As instruções do primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, ocorreram depois de os diplomatas terem organizado um encontro com Kwanchai Praipana, líder provincial dos "camisas vermelhas", como é designada popularmente a Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura, que acabou por não se realizar.
O chefe do Exército, o general Udomdej Sitabutr, instou os Estados Unidos a entender que a sua obrigação passa por manter a paz e a ordem e que a junta já tentou explicar a situação do país a outros governos.
"Nós honramo-los e respeitamo-los, mas também os vamos vigiar", disse Udomdej Sitabutr, referindo-se aos diplomatas norte-americanos, de acordo com o jornal Bangkok Post.
A Tailândia fez, esta semana, um protesto oficial depois de o subsecretário de Estado para Ásia e Pacífico dos Estados Unidos, Daniel Russel, ter criticado a lei marcial -- que continua vigente -- e a recente inabilitação da ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra.
Vários ultranacionalistas manifestaram-se no dia seguinte em frente à embaixada dos Estados Unidos em Banguecoque, apesar da lei marcial proibir assembleias nas ruas que juntem mais de cinco pessoas.
Na sua aparição televisiva, esta sexta-feira, o primeiro-ministro tailandês afirmou ter ouvido as propostas das "nações amigas", mas reiterou que continuará imperturbável no seu trabalho com vista a retirar a Tailândia da crise política.
Prayuth assumiu o poder mediante um golpe de Estado em maio do ano passado para, segundo ele, acabar com a espiral de violência entre os partidários e opositores do Governo deposto e realizar reformas que acabem com a corrupção e promovam a reconciliação nacional.
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