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Pais de raparigas que aderiram ao ISIS exigem desculpas da polícia

As famílias de três adolescentes londrinas que terão fugido da Grã-Bretanha para se juntar ao Estado Islâmico em fevereiro acusam a polícia de não ter facultado toda a informação necessária e exigem desculpas.

Pais de raparigas que aderiram ao ISIS exigem desculpas da polícia
Notícias ao Minuto

13:39 - 09/03/15 por Notícias Ao Minuto

Mundo Scotland Yard

Em causa está uma fuga que, suspeita-se, poderia ter sido evitada. E agora os familiares destas adolescentes querem que o comissário da polícia metropolitana, Sir Bernard Hogan-Howe, peça desculpas, isto depois de a Scotland Yard ter emitido um comunicado do qual acabou se retratar horas depois.

Tudo começou com a notícia de que as amigas e colegas de escola Kadiza Sultana, de 16 anos, Shamima Begum e Amira Abase, ambas de 15 anos, tinham fugido de Londres e atravessado a fronteira turca, no nês passando, entrando em território controlado pelo ISIS. Segundo a Sky News as jovens estarão a morar com uma jovem britânica em Raqqa, cidade controlada pelos jihadistas. Terá sido esta jovem britânica que contactou as adolescentes e as ajudou a entrar no país.

Semanas antes, uma outra jovem de 15 anos, colega das três adolescentes, terá feito o mesmo percurso. Esta rapariga desapareceu e a polícia, em dezembro, já suspeitava que a rapariga teria viajado até à Sìria, quando esteve na escola onde as três adolescentes estudavam.

Os pais dizem agora que a polícia não lhes deu a informação de que se tratava de uma fuga para o Estado Islâmico. Algo que, defendem, se soubessem na altura poderia ter ajudado a impedir a fuga posterior das três raparigas. Esta semana irão depor no mesmo comité em que Sir Bernard Hogan-Howe irá depor. Mas há um outro elemento que coloca a polícia em ‘maus lençóis’.

Destaca o The Guardian que a polícia terá escrito missivas endereçadas aos pais a adiantar que as suas filhas eram amigas da rapariga que já se tinha juntado ao Estado Islâmico. Mas em vez de entregarem as cartas diretamente aos progenitores, entregaram-nas às jovens no passado dia 5 de fevereiro. Os pais só encontraram as cartas já depois de 17 de fevereiro, o dia em que Amira, Kadiza e Shamima partiram para o território ocupado pelo autoproclamado Estado Islâmico.

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