Estado americano quer recuperar pelotões de fuzilamento
Há nove pessoas no Estado de Utah, nos Estados Unidos, actualmente no ‘corredor da morte’.
© Reuters
Mundo Utah
Os pelotões de fuzilamento poderão voltar a ser regra no Estado de Utah, nos Estados Unidos, substituindo a injeção letal. Conta a The Atlantic que uma campanha europeia no intuito de evitar que uma das drogas que faz parte do cocktail da injeção letal chegue às prisões norte-americanas tem feito com que comece a haver escassez. Entretanto, as alternativas encontradas para esta forma de execução têm dado problemas.
Para o Estado de Utah, que não pondera acabar com a pena de morte (há nove pessoas atualmente à espera de serem executadas), esta questão já mereceu nova legislação: caso o Estado não tenha o cocktail de drogas necessário para as execuções, será possível levá-las a cabo recorrendo a pelotões de fuzilamento, uma execução na qual há sempre uma bala que não o é de verdade (assim, quem dispara nunca terá a certeza se foi mesmo ele a dar golpe fatal no condenado ou não).
O republicano Paul Ray defende, citado pela Associated Press, que se trata de um tipo de execução “mais humana”. Mas a The Atlantic realça que mesmo este método tem falhas. Na verdade, em países onde ainda é possível o Estado matar em nome da Justiça, a questão sobre qual seria a forma mais humana de executar alguém continua a não ter resposta definitiva.
Na verdade, o Estado de Utah já teve anteriormente execuções por pelotão de fuzilamento. A mais recente foi em 2010, a pedido do próprio condenado, Ronnie Lee Gardner, um homem de 49 anos que matou um advogado numa tentativa de fuga, numa altura em que já estava a ser acusado de outro homicídio.
Em 1996 houve outra, relatada na altura pela BBC, que contou os 45 segundos entre o momento em que lhe colocaram um capuz na cabeça do condenado e em que deixou de respirar na sequência dos disparos.
Mas relatos mais antigos de que dá conta a The Atlantic falam de execuções que se tornaram autênticas sessões de tortura. Nos anos 50, por exemplo, a execução de Eliseo J. Mares correu mal. O pelotão falhou o coração e Eliseo esteve vários minutos a esvair-se em sangue até morrer.
Embora vários Estados norte-americanos já tenham proibido a prática, a pena de morte ainda é comum em alguns Estados, o que coloca o país numa lista de países como a China, a Arábia Saudita, o Sudão, o Irão, o Iraque, a Somália, a Nigéria, a Indonésia, entre outros.
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