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'Guerra à Poluição' em Pequim encerrou mais duas centrais a carvão

Pequim encerrou mais duas centrais elétricas a carvão no fim de semana e em 2016 deverá fechar mais uma, acentuando a "guerra à poluição" decretada pelo governo, disse hoje a imprensa oficial chinesa.

'Guerra à Poluição' em Pequim encerrou mais duas centrais a carvão
Notícias ao Minuto

07:20 - 24/03/15 por Lusa

Mundo China

Uma das centrais, situada na zona ocidental de Pequim, tem 93 anos e a outra, na zona leste, data de 1949.

De acordo com o plano, a partir deste ano, o consumo anual de carvão no município não deverá exceder 15 milhões de toneladas, menos 8,5 milhões do que em 2013.

Das quatro centrais a carvão da cidade, que asseguravam a eletricidade e o aquecimento da população durante o longo inverno, apenas uma está a funcionar, mas segundo o China Daily deverá fechar no próximo ano.

O carvão - matéria-prima de que a China é o maior produtor e consumidor mundial - será gradualmente substituído pelo gás ou outras energias limpas, disse um perito citado por aquele jornal.

Sede de um município com cerca de 21 milhões de habitantes e uma área equivalente a metade da Bélgica, Pequim é considerada uma das capitais mais poluídas do mundo.

Em janeiro de 2013, a cidade teve apenas cinco dias com sol e em algumas áreas, o índice de partículas PM 2.5 excedeu os 500 microgramas por métrico cúbico, mais de 20 vezes o limite máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

O fenómeno, que durante dias consecutivos tingiu de cinzento o céu de Pequim, deu origem a uma palavra nova – ‘arpocalipse’.

"Vamos declarar guerra a poluição e combatê-la com a mesma determinação com que lutámos contra a pobreza", disse o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, no ano passado.

Segundo o gabinete de proteção ambiental do município, em 2014, o número de dias "altamente poluídos" em Pequim baixou para 45, menos treze do que em 2013, e houve 93 dias com qualidade do ar "excelente", mais 22 do que no ano anterior.

Mas sete das dez cidades chinesas com pior qualidade do ar situam-se à volta de Pequim, e as emissões das suas cimenteiras e outras fábricas muito poluentes propagam-se facilmente à capital.

A poluição tornou-se nos últimos anos uma das maiores fontes de insatisfação popular na China, a par da corrupção e das crescentes desigualdades sociais.

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