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Reunião de chefes militares na ONU é "momento histórico"

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) considerou hoje que o primeiro encontro de chefes militares promovido pelo secretário-geral da ONU, que decorre na sede da organização em Nova Iorque, é um "momento histórico".

Reunião de chefes militares na ONU é "momento histórico"
Notícias ao Minuto

16:52 - 27/03/15 por Lusa

Mundo CEMGFA

O general Artur Pina Monteiro disse à agência Lusa que Ban Ki-moon deu no seu discurso "um sinal inequívoco da importância que as Forças Armadas de todo o mundo têm para a organização".

O CEMGFA disse que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) "afirmou que a situação internacional e as novas ameaças à paz são um desafio acrescido ao empenhamento das Forças Armadas de todo o mundo e que é necessária maior capacidade de projeção", explicou o responsável.

Nesse sentido, Pina Monteiro considerou este encontro, que reúne pela primeira vez mais de 100 dirigentes militares de todo o mundo, um "momento histórico" e "muito necessário".

"Existem requisitos que os novos desafios globais configuram", disse, referindo-se às novas formas de terrorismo, sobretudo o Estado Islâmico, e explicando que o encontro inclui ainda "debates muito centrados na natureza das operações" necessárias para combater estas ameaças.

Segundo a organização, o encontro tem como principal objetivo estabelecer uma plataforma de entendimento sobre as atuais operações de manutenção da paz.

A ONU, que não tem exército próprio, depende neste momento dos países do sul da Ásia e de África, que compõem os dez maiores contribuintes, para assegurar os 130 mil militares envolvidos nas suas 16 missões.

Com 9.446 homens e mulheres, o Bangladesh lidera a lista. Os Estados Unidos, por exemplo, apenas disponibilizam 119 militares, mas com 2.5 mil milhões de dólares anuais (cerca de 2.3 mil milhões de euros) são, de longe, o maior dador financeiro.

Portugal participa atualmente em três missões: no Mali, onde tem uma aeronave C-130H e 45 militares; no Afeganistão, onde tem desde 2008 um militar no cargo, de rotação anual, de conselheiro militar; e na Guiné-Bissau, onde participa com um militar do Exército, em regime 'Secondment'.

Pina Monteiro visitou o país lusófono há duas semanas e assegurou que Portugal pode alargar esta colaboração, ajudando o país num dos seus maiores objetivos: a reforma no setor de defesa e segurança.

"As Forças armadas portuguesas têm condições para apoiar esta reforma caso isso seja determinado" pelas autoridades do país e a pela missão da ONU, afirmou o responsável.

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